quarta-feira, 30 de setembro de 2009

JOSE MUNIZ DA PAIXÃO, Presente !

Morreu JOSE MUNIZ DA PAIXÃO, brasileiro, padeiro por profissão, aos 82 anos de idade. Muniz como era habitualmente chamado, foi membro do Partido Comunista, trabalhou com Luiz Carlos Prestes. Casado uma única vez, teve seis filhos com Dona Jurema.

Sua vida pode ser conhecida pelas duas únicas trilhas em que caminhanhou simultâneamente, durante toda a vida, a família e o Brasil. Homem simples mas de muita leitura, jamais o ouvimos alterar a sua voz para afirmar uma opinião, tinha a paciência dos sábios.

Sua força perene e persistente, levou a mais uma geração a ouvi-lo e consulta-lo. Seu conhecimento , ajudáva-nos a entender melhor os acontecimentos, a vislumbrar os aspectos e os novos ângulos sempre encobertos ou distorcidos, pelo que hoje chamamos de mídia.

JOSE MUNIZ DA PAIXÃO, esteve presente, atuando em todos os acontecimentos políticos dos últimos sessenta anos sem exceção, desde a era de Getúlio, passando pela luta do BNH, o enfrentamento ao Golpe de 64 , a construção de novos partidos, a eraFHC ou a eleição de LULA.

Com a família , JOSE MUNIZ DA PAIXÃO era sempre presente, mesmo durante a ausência provocada pela Ditadura de 1964 com as sucessivas invasões à sua casa destinadas a prendê-lo.

Já na sua terceira idade, ajudou na Fundação da Associação dos Aposentados de Niterói e S. Gonçalo, tornou-se o seu Presidente, indo diversas vezes à Brasília de õnibus. para combater o pacote da Previdência.

JOSE MUNIZ DA PAIXÃO, realizou toda a sua luta sem jamais ocupar qualquer cargo público, assessoria ou ajuda do Estado. Recentemente teve seu processo acatado por UNANIMIDADE, pela Comissão de Anistia.

Mais que um exemplo, JOSE MUNIZ DA PAIXÃO , era uma atitude, era a melhor definição de ética que conhecemos. Seria natural desejar-lhe no fim destas linhas o tradicional descanse em paz, mas em se tratando de JOSE MUNIZ DA PAIXÃO, esta situação não existe, pois onde quer que esteja, Muniz estará incansavelmente lutando por um mundo melhor.

JOSE MUNIZ DA PAIXÃO. Presente !
JOSE MUNIZ DA PAIXÃO, Presente !
JOSE MUNIZ DA PAIXÃO, Presente !

sábado, 26 de setembro de 2009

Marina critica discurso de Lula na ONU sem ler !

Dona Marina, diante deste discurso, afirmar que o Companheiro Presidente perdeu o foco, das duas uma, a Senhora não leu ou leu e fez a afirmação para ganhar manchete. Como é mesmo aquela história do O GLOBO, em que a senhora disse que não criticou os programas sociais do seu ex-companheiro LULA ?

Cuidado, não vá pela cabeça do Sirquis, que ele é mestre em trapalhadas , certo ?
Abaixo o trecho sobre meio ambiente do discurso do Companheiro Presidente na ONU.

Preocupa-nos a resistência dos países desenvolvidos em assumir sua parte na resolução das questões referentes à mudança do clima. Eles não podem lançar sobre os ombros dos países pobres em desenvolvimento responsabilidades que lhes são exclusivas.

O Brasil está cumprindo a sua parte. Vamos chegar a Copenhague com alternativas e compromissos precisos. Aprovamos um Plano de Mudanças Climáticas que prevê a redução de 80% do desmatamento da Amazônia até 2020. Diminuiremos em 4,8 bilhões de toneladas a emissão de CO2, o que representa mais do que a soma dos compromissos de todos os países desenvolvidos juntos.

Em 2009, já podemos apresentar o menor desmatamento dos últimos 20 anos. A matriz energética brasileira é das mais limpas do planeta: Quarenta e cinco por cento da energia consumida no país é renovável. No resto do mundo apenas 12% é renovável, enquanto que nos países da OCDE essa proporção não supera 5%. Oitenta por cento de nossa eletricidade provém igualmente de fontes renováveis. Vinte e cinco por cento de etanol está misturado à gasolina que consomem nossos veículos. Mais de 80% dos carros produzidos no país têm motor flex, o que permite a utilização indiscriminada de gasolina ou álcool.

O etanol brasileiro e os demais biocombustíveis são produzidos em condições cada vez mais adequadas, sobretudo a partir do zoneamento agroecológico que acabamos de implantar, mandando para o Congresso Nacional.

Proibimos a cana-de-açúcar e as usinas de álcool em áreas de vegetação nativa. A decisão vale para toda Amazônia e nossos principais biomas.

O plantio da cana-de-açúcar não ocupa mais do que 2% de nossas terras agricultáveis. Distinto de outros biocombustíveis, ele não afeta nossa segurança alimentar nem compromete o equilíbrio ambiental. Empresários, trabalhadores e governo firmaram um importante compromisso para assegurar o trabalho decente nos canaviais brasileiros.

Todas essas preocupações fazem parte da política energética de um país autosuficiente em petróleo e que acaba de descobrir grandes reservas que nos colocarão na vanguarda da produção de combustíveis fósseis. Mas o Brasil não renunciará à agenda ambiental para ser apenas um gigante do petróleo. Queremos consolidar nossa condição de potência mundial da energia verde.

Por outro lado, deve-se exigir dos países desenvolvidos metas de redução de emissões muito mais expressivas do que as atuais, que representam mera fração do que é recomendado pelo Painel Inter-governamental para a Mudança do Clima.

Causa-nos também profunda preocupação a insuficiência dos recursos até agora anunciados para as necessárias inovações tecnológicas que preservarão o ambiente nos países em desenvolvimento.

A resolução desses e outros impasses só ocorre se as ameaças ligadas às mudanças climáticas forem enfrentadas a partir da compreensão de que temos responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

Dona Marina, acho que com esta "mancada" a senhora poluiu a verdade, mas ainda cabe um desmentido, quem sabe ....

Marina na contra mão mundial, critica novamente o Lula

Para a senadora, o presidente "perdeu o foco" quando preferiu tratar sobre o golpe militar em Honduras
Agência Brasil

BRASÍLIA - A senadora Marina Silva (PV-AC) criticou nesta quinta-feira (24) a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. De acordo com a ex-ministra do Meio Ambiente, o presidente brasileiro "perdeu o foco" quando preferiu tratar sobre o golpe militar em Honduras em detrimento dos assuntos relacionados ao clima.


"Não estamos subtraindo a importância do que aconteceu em Honduras, mas o foco, a centralidade das discussões deveria ter sido aquilo a que se propôs o secretário-geral das Nações Unidas, que era discutir a questão do clima", afirmou Marina.

A senadora também ressaltou que o Brasil precisa ter uma proposta para levar a Copenhagen, onde ocorrerá em dezembro a Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas. Segundo ela, todos desejam que os líderes mundiais compareçam à conferência com planos de redução que levem em conta as emissões absolutas de dióxido de carbono de cada país e também as emissões históricas.

Fonte Agencia Brasil, 24/09/09.

O mandato pertence ao partido ou viramos um bando !

Temos o maior respeito à história da senadora Marina, no entanto , ela deveria se manter coerente e entregar o seu mandato de senador ao partido, tese que os fundadores do Partido dos Trabalhadores sabem muito bem o seu significado interno, pois tem as mesmas características da contribuição ao partido, o trabalho e a informação junto a militância.

Recentemente o TSE, confirmando esta questão, cassou os mandatos de deputados e vereadores que trocaram de partido. A senadora poderia pelo menos, oferecer a sua renúncia ao mandato ao PT, que através do seu Diretório Nacional decidiría se aceitaria ou não.

Da forma como fez, saiu pela porta dos fundos, como Gabeira, Heloisa Helena, Cristovão Buarque, Chico Alencar e mais recentemente o Flávio Arns, este ainda devendo R$ 60 mil reais de suas contribuições, conforme divulgou a imprensa.

Nimguém obriga nimguém a se filiar ao PT, sair candidato pelo PT, temos no Brasil umas qutro dúzias de outros partidos para se filiar, se candidatar, trabalhar, traír, amar, mas se escolhem o PT, a regra é esta, tem que contribuir com o dinheiro do mandato e o mandato pertence ao partido, isto vale para todo mundo, inclusive para o Presidente Lula.

Confira íntegra do discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU

NOVA YORK - Confira abaixo a íntegra do presidente Luís Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU desta quarta-feira, 23, em Nova York.

Meus cumprimentos ao presidente da Assembleia Geral, Ali Treki, ao secretário-geral, Ban Ki-moon, e a todos chefes de Estado e delegados presentes.

Senhoras e senhores,

A Assembleia Geral das Nações Unidas tem sido e deve ser cada vez mais o grande foro de debate sobre os principais problemas que afligem a humanidade.

Quero abordar aqui três questões cruciais, que me parecem interligadas, três ameaças que pairam sobre nosso planeta: a persistência da crise econômica, a ausência de uma governança mundial estável e democrática e os riscos que a mudança climática traz para todos nós.

Senhor Presidente,

Há exatamente um ano, no limiar da crise que se abateu sobre a economia mundial, afirmei, desta tribuna, que seria um grave erro, uma omissão histórica imperdoável, cuidarmos apenas das consequências da crise sem enfrentarmos as suas causas.

Mais do que a crise dos grandes bancos, essa é a crise dos grandes dogmas. O que caiu por terra foi toda uma concepção econômica, política e social tida como inquestionável. O que faliu foi um insensato modelo de pensamento e de ação que subjugou o mundo nas últimas décadas. Foi a doutrina absurda de que os mercados podiam auto-regular-se, dispensando qualquer intervenção do Estado, considerado por muitos um mero estorvo. Foi a tese da liberdade absoluta para o capital financeiro, sem regras nem transparência, acima dos povos e das instituições. Foi a apologia perversa do Estado mínimo, atrofiado, fragilizado, incapaz de promover o desenvolvimento e de combater a pobreza e as desigualdades; a demonização das políticas sociais, a obsessão de precarizar o trabalho, a mercantilização irresponsável dos serviços públicos. A verdadeira raiz da crise foi o confisco de grande parte da soberania popular e nacional - dos Estados e dos governos democráticos - por circuitos autônomos de riqueza e de poder.

Afirmei que era chegada a hora da política. Disse que governantes - e não tecnocratas arrogantes - deveriam assumir a responsabilidade de enfrentar a desordem mundial. O enfrentamento da crise e a correção de rumo da economia mundial não poderiam ficar apenas a cargo dos de sempre. Os países desenvolvidos - e os organismos multilaterais onde eles eram hegemônicos - foram incapazes de prever a catástrofe que se iniciava e, menos ainda, de preveni-la.

Os efeitos da crise se espalharam por todo o mundo, golpeando inclusive e sobretudo àqueles que há anos vinham reconstruindo suas economias com enormes sacrifícios. Não é justo que o custo da aventura especulativa seja assumido pelos que nada tem a ver com ela: os trabalhadores e as nações pobres ou em desenvolvimento.

Passados doze meses, constatamos que houve alguns progressos mas que persistem muitas indefinições. Ainda não há uma clara disposição para enfrentar, no âmbito multilateral, as graves distorções da economia global. O fato de ter sido evitado o colapso total do sistema parece ter provocado em alguns um perigoso conformismo.

A maioria dos problemas de fundo não foi enfrentada. Há enormes resistências em adotar mecanismos efetivos de regulação dos mercados financeiros. Países ricos resistem em realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial. É incompreensível a paralisia da Rodada de Doha, cujo acordo beneficiará sobretudo as nações mais pobres do mundo. Há sinais inquietantes de recaídas protecionistas. Pouco se avançou no combate aos paraísos fiscais.

Mas muitos países não ficaram de braços cruzados. O Brasil - um dos últimos, felizmente, a sentir os efeitos da crise - é hoje um dos primeiros a sair dela. Não fizemos nenhuma mágica. Simplesmente havíamos preservado nosso sistema financeiro do vírus da especulação. Havíamos reduzido nossa vulnerabilidade externa, passando da condição de devedores à de credores internacionais.

Decidimos, junto com outros países, aportar recursos para que o FMI empreste dinheiro aos países mais pobres sem os condicionamentos inaceitáveis do passado. Mas, sobretudo, desenvolvemos antes da crise, e depois que ela eclodiu, políticas anticíclicas.

Aprofundamos nossos programas sociais, especialmente os de transferência de renda. Aumentamos os salários acima da inflação. Estimulamos, por meio de medidas fiscais, o consumo para impedir que se detivesse a roda da economia.

Já saímos da breve recessão. Nossa economia retomou seu ímpeto e anuncia um 2010 promissor. As exportações recuperam seu vigor. O emprego se recompõe de forma extraordinária. O equilíbrio macroeconômico foi preservado sem afetar as conquista populares. O que o Brasil e outros países demonstraram é que também nos momentos de crise precisamos realizar audaciosos programas sociais e de desenvolvimento.

Mas não tenho a ilusão de que poderemos resolver nossos problemas sozinhos, apenas no espaço nacional. A economia mundial é interdependente. Estamos todos obrigados a atuar além de nossas fronteiras. Por isso, é imprescindível refundar a ordem econômica mundial.

Nas reuniões do G-20 e nos muitos encontros que mantive com líderes mundiais tenho insistido sobre a necessidade de irrigar a economia mundial com importantes créditos. Tenho defendido a regulação financeira, a generalização de política anti-cíclicas, o fim do protecionismo, o combate aos paraísos fiscais. Com a mesma determinação, meu país propõe uma autêntica reforma dos organismos financeiros multilaterais.

Os países pobres e em desenvolvimento têm de aumentar sua participação na direção do FMI e do Banco Mundial. Sem isso não haverá efetiva mudança e os riscos de novas e maiores crises serão inevitáveis. Somente organismos mais representativos e democráticos terão condições de enfrentar complexos problemas como os do reordenamento do sistema monetário internacional.

Não é possível que, passados 65 anos, o mundo continue a ser regido pelas mesmas normas e valores dominantes quando da conferência de Bretton Woods. Não é possível que as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança sejam regidos pelos mesmos parâmetros que se seguiram à Segunda Guerra Mundial.

Vivemos um período de transição no âmbito internacional. Caminhamos em direção ao mundo multilateral. Mas também multipolar, seguindo as experiências de integração regional, como ocorre na América do Sul com a constituição da UNASUL. Esse mundo multipolar não será conflitante com as Nações Unidas. Ao contrário. Poderá ser um fator de revitalização da ONU. De uma ONU com a autoridade política e moral para solucionar os conflitos do Oriente Médio, garantindo a coexistência de um Estado Palestino com o Estado de Israel; de uma ONU que enfrente o terrorismo sem estigmatizar etnias e religiões, mas atacando suas causas profundas e promovendo o diálogo de civilizações; de uma ONU que assuma a ajuda efetiva a países - como o Haiti - que buscam reconstruir sua economia e seu tecido social depois de haver recuperado a estabilidade política; de uma ONU que se comprometa com o Renascimento africano que hoje assistimos; de uma ONU capaz de adotar políticas eficientes de preservação e ampliação dos Direitos Humanos; de uma ONU que possa avançar no caminho do desarmamento estabelecendo um real equilíbrio entre este e a não-proliferação; de uma ONU que lidere cada vez mais as iniciativas para preservar o ambiente; de uma ONU que, por meio do ECOSOC, incida nas definições sobre o enfrentamento da crise econômica; de uma ONU suficientemente representativa para enfrentar as ameaças à paz mundial, por meio de um Conselho de Segurança renovado, aberto a novos membros permanentes.

Senhor Presidente,

Não somos voluntaristas. Mas sem vontade política não se pode enfrentar e corrigir situações que conspiram contra a paz, o desenvolvimento e a democracia. Sem vontade política persistirão anacronismos como o embargo contra Cuba. Sem vontade política continuarão a proliferar golpes de Estado como o que derrocou o Presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, que se encontra, desde segunda-feira, refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. A comunidade internacional exige que Zelaya reassuma imediatamente a Presidência de seu país e deve estar atenta à inviolabilidade da missão diplomática brasileira na capital hondurenha.

Sem vontade política, por fim, crescerão as ameaças hoje representadas pela mudança climática no mundo. Todos os países devem empenhar-se em realizar ações para reverter o aquecimento global.

Preocupa-nos a resistência dos países desenvolvidos em assumir sua parte na resolução das questões referentes à mudança do clima. Eles não podem lançar sobre os ombros dos países pobres em desenvolvimento responsabilidades que lhes são exclusivas.

O Brasil está cumprindo a sua parte. Vamos chegar a Copenhague com alternativas e compromissos precisos. Aprovamos um Plano de Mudanças Climáticas que prevê a redução de 80% do desmatamento da Amazônia até 2020. Diminuiremos em 4,8 bilhões de toneladas a emissão de CO2, o que representa mais do que a soma dos compromissos de todos os países desenvolvidos juntos.

Em 2009, já podemos apresentar o menor desmatamento dos últimos 20 anos. A matriz energética brasileira é das mais limpas do planeta: Quarenta e cinco por cento da energia consumida no país é renovável. No resto do mundo apenas 12% é renovável, enquanto que nos países da OCDE essa proporção não supera 5%. Oitenta por cento de nossa eletricidade provém igualmente de fontes renováveis. Vinte e cinco por cento de etanol está misturado à gasolina que consomem nossos veículos. Mais de 80% dos carros produzidos no país têm motor flex, o que permite a utilização indiscriminada de gasolina ou álcool.

O etanol brasileiro e os demais biocombustíveis são produzidos em condições cada vez mais adequadas, sobretudo a partir do zoneamento agroecológico que acabamos de implantar, mandando para o Congresso Nacional.

Proibimos a cana-de-açúcar e as usinas de álcool em áreas de vegetação nativa. A decisão vale para toda Amazônia e nossos principais biomas.

O plantio da cana-de-açúcar não ocupa mais do que 2% de nossas terras agricultáveis. Distinto de outros biocombustíveis, ele não afeta nossa segurança alimentar nem compromete o equilíbrio ambiental. Empresários, trabalhadores e governo firmaram um importante compromisso para assegurar o trabalho decente nos canaviais brasileiros.

Todas essas preocupações fazem parte da política energética de um país autosuficiente em petróleo e que acaba de descobrir grandes reservas que nos colocarão na vanguarda da produção de combustíveis fósseis. Mas o Brasil não renunciará à agenda ambiental para ser apenas um gigante do petróleo. Queremos consolidar nossa condição de potência mundial da energia verde.

Por outro lado, deve-se exigir dos países desenvolvidos metas de redução de emissões muito mais expressivas do que as atuais, que representam mera fração do que é recomendado pelo Painel Inter-governamental para a Mudança do Clima.

Causa-nos também profunda preocupação a insuficiência dos recursos até agora anunciados para as necessárias inovações tecnológicas que preservarão o ambiente nos países em desenvolvimento.

A resolução desses e outros impasses só ocorre se as ameaças ligadas às mudanças climáticas forem enfrentadas a partir da compreensão de que temos responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

Senhor Presidente,

Os temas que estão no centro de nossas preocupações - a crise financeira, a nova governança mundial e a mudança do clima - têm um forte denominador comum. Ele aponta para a necessidade de construir uma nova ordem internacional, sustentável, multilateral, menos assimétrica, livre de hegemonismos e dotada de instituições democráticas. Esse mundo novo é um imperativo político e moral.

Não basta remover os escombros do modelo que fracassou, é preciso completar o parto do futuro. É a única forma de reparar tantas injustiças e de prevenir novas tragédias coletivas.

Obrigado.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Como distribuir os royalties do pré-sal ?

Uma proposta bem coerente e lúcida, chega da Bahia.

Do Governador Jacques Wagner.
Bem interessante e digna de uma boa discussão a proposta do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), no sentido de que a partilha dos benefícios do pré-sal contemple todos os Estados, proporcionalmente à sua densidade demográfica e inversamente ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - quanto mais pobre o Estado e a localidade, maior a sua participação nos royalties. "É utilizar uma descoberta brasileira para combater a desigualdade social", justificou o governador ao detalhar no seminário "Pré-sal e o futuro do Brasil", em Brasília, sua sugestão quanto à participação de Estados e municípios na distribuição dos royalties do petróleo.

Realmente é justo e razoável que os Estados produtores tenham um "plus" (recebam a mais), mas contrabalançado com o fato de que eles já ganham com a própria atividade exploratória e com todo desenvolvimento econômico por ela desencadeado.Sem distribuição privilegiada a proposta do governador baiano é, sem dúvida, justa no sentido de contribuir para o reequilíbrio regional e social do Brasil, e também um recado aos Estados produtores - São Paulo, Rio de Janeiro e Espiríto Santo - que pleiteiam prioridade no recebimento dos royalties do pré-sal e pressionam o governo federal pela manutenção das regras atuais no marco regulatório do petróleo.

Wagner argumenta não haver razão para “uma distribuição privilegiada para os Estados da projeção (da área do pré-sal) porque a cinco, seis ou dez km da costa, o prejuízo pode ser considerado iminente, mas não a 300 km, com pouquíssimas pessoas embarcadas e operações a partir da terra, sem um risco iminente. A 300 km nem impacto visual, auditivo e aéreo aconteceria". (Fonte blog Zé Dirceu)

A mídia mente sobre a crise de Honduras

A cobertura da nossa imprensa sobre a crise em Honduras é para lamentar e repudiar. Primeiro a referencia de "governo de fato " ao invés de GOLPISTAS quando se referem aos Micheletti. Depois o desfile patético de Lampréias e Azambujas, do tempo que o Itamarati , chamava Fujimori de estadista ou tirava o sapato para entrar nos EUA.

Como chegou Zelaya, quem o ajudou, passa a ser mais importante do que a quebra dos princípios constitucionais. A Corte de Honduras, na verdade, impediu o referendo que autorizaria a POSSIBILIDADE DE reeleição do presidente deposto.

Não é tão grave a questão do referendo, pois aqui , FHC conseguiu a reeleição sem referendo algum , via Congresso e dizem comprando votos de deputados , com parlamentares renunciando ao mandato e mais uma CPI abatida em pleno voo.

A rejeição a este golpe em todo mundo, é de tal magnitude, que o Companheiro Presidente ao discursar mais um vez na abertura da Conferência da ONU, e cobrar a volta de Zelaya, foi demoradamente aplaudido.

Atenção imprensa, hoje tem internet, tradutor automático para quem não domina os idiomas estrangeiros, tem as imagens, não dá para escamotear a verdade.

A verdade , a democracia são bens muito importantes para a humanidade. No nosso caso, tem a latinidade, valor que o Companheiro Lula , tem fortalecido durante o seu governo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Brasil é o 1º país a obter grau de investimento durante a crise global !!!!

ESTADÃO , Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2009 Versão Impressa

Brasil é o 1º país a obter grau de investimento durante a crise global
Depois da S&P e da Fitch, Moody's melhora nota do País; governo comemora e mercado só vê efeito psicológico
Leandro Modé

Um ano e meio depois de suas principais concorrentes, a agência de classificação de risco de crédito Moody"s concedeu ontem ao Brasil o grau de investimento. Trata-se de um selo de qualidade que indica que a probabilidade de um emissor de dívida dar calote é baixa.


Profissionais do mercado financeiro avaliam que, por vir tarde, o rating (nota) não terá implicações práticas relevantes para o País. Mas destacaram o efeito simbólico da medida, uma vez que o Brasil foi a primeira nação a ganhar esse status no meio da crise global. "A nota da Moody"s é a cereja de um bolo que já estava pronto", afirmou o vice-presidente do Bradesco, Norberto Barbedo. "A importância desse grau de investimento é o momento em que ocorre: todos perceberam que o Brasil teve desempenho diferenciado durante a crise", disse o estrategista do Banco WestLB, Roberto Padovani.

A reação dos investidores ontem mesmo confirma essa expectativa. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) diminuiu o ritmo de alta que registrava até o momento em que a informação foi divulgada. No fim dos negócios, subiu 0,93%, para 61.494 pontos. No mercado de câmbio, que já estava fechado quando houve o anúncio, o dólar caiu 1% e fechou cotado a R$ 1,798, menor valor em exatamente um ano. O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, destacou que a Moody"s classificou o Brasil como vencedor. "Se uma agência como essa, conservadora, considera o País vencedor, é o selo que confirma o que temos dito, que o País entrou forte na crise, tomou medidas e está saindo mais forte e mais rápido da crise." A Moody"s vinha sendo cobrada pelo governo e por integrantes do próprio mercado financeiro pelo atraso em relação ao Brasil. A primeira elevação do rating brasileiro para grau de investimento foi anunciada pela Standard & Poor"s, em abril do ano passado. Exatamente um mês mais tarde, no fim de maio, foi a vez da Fitch.

O analista da Moody"s responsável pela nota brasileira, Mauro Leos, negou que tenha havido "atraso". Segundo ele, a agência queria avaliar como o Brasil se sairia diante da crise global. Sobre isso, disse não ter mais dúvidas. "O que vimos é que, com o choque global, o Brasil não só teve desempenho melhor do que as pessoas pensavam, como parece estar mais forte ou equivalente a países que já são grau de investimento." Além de promover a nota brasileira (para Baa3), a Moody"s deixou o caminho aberto para mais uma elevação, ao definir a perspectiva para o País como "positiva". "Muitos indicadores econômicos apontam para uma forte recuperação (do Brasil), uma retomada em (formato de) "V". Se você olhar para diferentes países, em desenvolvimento e desenvolvidos, há poucos que não foram tão afetados pela crise e possuem fortes sinais de recuperação", observou Leos. Para Leos, "o maior risco para o Brasil, e isso pode parecer estranho, é que haja otimismo exagerado". "Se o governo não continuar agindo ou se houver muita entrada de capital, isso pode trazer problemas." Segundo o analista a preocupação da agência com a situação fiscal brasileira diminuiu. "O desafio fiscal do Brasil é menor que o de países com a mesma nota."

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, viu uma "ironia" nessa posição da Moody"s. "Eles promovem o Brasil justamente quando o governo anuncia que o superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) deste ano será inferior à meta." Como avaliam a capacidade de solvência de um emissor de dívida, as agências de risco costumam ser bastante rígidas na análise das contas públicas. COLABORARAM LUCIANA XAVIER e LUCINDA PINTO

Que Coincidência , hem ?

É muita coincidência que a chegada de Manoel Zelaya na Embaixada do Brasil em Honduras, tenha acontecido exatamente no momento que o Companheiro Presidente está em Nova York. Conseguiu dar um novo gás para as ações contra os golpistas hondurenhos. Ponto Presidente !

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mea culpa

Leiam o mea culpa da FSP, no artigo do Kennedy Alencar de 22/9

Marolinha, Serra e 2010


Aos olhos de hoje, é correto dar o braço a torcer, inclusive este jornalista, e dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou quando disse no ano passado que a crise econômica mundial chegaria ao Brasil como uma marolinha. Diante das expectativas da época de governos, empresas e veículos de comunicação do mundo todo, o que bateu no país foi mesmo uma marolinha.

Na virada de 2008 para 2009, parecia que o planeta iria quase acabar. E Lula foi duramente atacado por seu otimismo. Ele cumpria o fundamental papel de animador do auditório na hora da crise, mas também a subestimava um pouco.

Nesse sentido, o pessimismo da mídia teve papel importante para acordar Lula e o governo. O presidente vive reclamando da imprensa, mas os alertas que hoje soam exagerados fizeram o governo levantar da cadeira e arregaçar as mangas. O Brasil ganhou com esse choque de opiniões, apesar da azia do presidente e de críticas de parte da imprensa que pareciam chiliques e torcida política.

Também não dá para dizer a quem perdeu o emprego, sobretudo em setores mais afetados pela queda do comércio mundial, que passou uma marolinha pelo Brasil. A crise trouxe dramas pessoais para muitas famílias. Os dados mostram que os mais pobres sofreram menos, comparados aos abastados. Mas há uma diferença tremenda de grau de sofrimento entre quem tem menos renda e quem tem mais.

Cem reais fazem uma diferença na vida dos mais pobres. E não pesam nada para os mais ricos.
Registro: a ficha de Lula caiu mesmo quando ele voltou de uma viagem ao exterior em outubro de 2008. Ele passou por cinco países em três continentes.

A crise havia atravessado não só o Atlântico, mas também o Índico e o Pacífico. Era global.
No Brasil, ele recebeu relatos de inconsistência do aparente forte sistema bancário. Bancos pequenos e médios correram riscos reais. Uma instituição de grande porte fraquejava. Poderia ter havido um efeito dominó não fossem as ações do Banco Central e a edição da medida provisória que permitiu ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal comprar outros bancos e empresas fora do setor financeiro.

Para chacoalhar Lula, pesou ainda o temor de queda na alta popularidade. Empresas da chamada economia real fizeram chegar ao governo que poderiam viver fortes problemas no segundo semestre de 2009. A Vale demitiria e cortaria investimentos rapidamente, sem falar com Lula.
Uma conjunção de fatos, críticas e conselhos fez Lula agir e passar no teste de gestão da crise. Mais uma prova de que a democracia é mesmo o pior sistema político, com exceção de todos os outros.

*Sucessão presidencial
As previsões do governador José Serra, potencial candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, não aconteceram. Na virada de 2008 para 2009, o tucano achava que a queda do PIB (Produto Interno Bruto) seria bem maior. Também previu um forte aumento do desemprego. Esse cenário, se confirmado, favoreceria seus planos para conquistar a Presidência.

Num país como o Brasil, que vem melhorando, mas ainda é bastante desigual, o bom desempenho da economia será um ativo político importante nas eleições de 2010. No mínimo, dificultará o que já anda difícil para a oposição: encontrar um discurso que convença o eleitor a votar no candidato dela e não no representante do atual governo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Petkovic e Adriano salvam o futebol carioca

Com o Vasco possível campeão da segunda divisão, é verdade, o Botafogo em anti penúltimo e o Fluminense em último, o Flamengo é a motivação do torcedor carioca.

Com Pet e Adriano , o Flamengo de Andrade , é um time bonito de se ver, para quem gosta de futebol.

Neste domingo, três golaços, sendo o do Adriano com lançamento primoroso do Pet, que lembrou Didi, Gérson, Rivelino, em tempos passados, o mais bonito. Passe na vertical e conclusão por cobertura do Adriano.

Foi um domingo lindo, com o Flamengo brilhando

domingo, 20 de setembro de 2009

Hoje , Passeio Ciclístico, sorry, periferia. ...

No passeio ciclístico de hoje, da minha Niterói ao Leme, Rio de Janeiro, estarei participando com a minha tricicleta. Nela duas mensagens . Na frente, "PRA SURFISTA MARREQUEIRO, QUALQUER MAROLINHA É TSUNAMI. na parte de trás " 3º MANDATO PARA LULA ? É DILMA !

Dizem, que vou apanhar, mas para quem saiu às ruas na época do mensalão de cabeça erguida , junto com Benedita da Silva, com a bandeira do PT, é moleza.

Assim como o artista tem que ir onde o povo está, segundo o genial Milton Nascimento, nós que fazemos política não podemos ter medo do povo, da classe média, quando ajudamos a salvar este país. Poderia ter dado errado, mas deu certo, o Brasil é o primeiro a sair desta crise.

O resto como diria Ibrahim Sued colunista social de grande popularidade durante a década de 70, ... os cães ladram e a caravana passa, sorry, periferia.

Cgartda Zaqutij Çawsad , o analfabetismo

Os dados do último PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são excelentes. Mostram a queda do desemprego, o aumento da renda do brasileiro. Melhorou a sua alimentação, as questões de saúde pública, etc.

Mas um dado que passou de forma naturalíssima por todos nós , é a divulgação de que temos ainda 15 milhões de analfabetos , adultos . Este número representa toda a população da Cidade do Rio de Janeiro.

Acho que precisamos unir as instituições, governos, sindicatos, igrejas, universidades, clubes de futebol, associações , tudo o tiver de organização na sociedade , num grande multirão, para iluminar estas pessoas que vivem na escuridão. Eu mesmo a partir desta segunda feira, vou pegar um senhor analfabeto, e ele vai ler até o natal. Mas estou aberto para qualquer tarefa desta ordem.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Demônio

O DEMÔNIO
Há dias a CNN mostrou uma mãe americana chorando, preocupada com o que iria acontecer com seus filhos. E o que iria acontecer com seus filhos era terem que ouvir pela TV um discurso do presidente Barack Obama dirigido a estudantes do ensino básico de todo o país, no primeiro dia do ano escolar. Barack recomendaria a todos que fossem bons alunos e tomassem o seu leite, mas a direita histérica criou a expectativa de que ele aproveitaria a oportunidade para doutrinar as crianças sobre os seus programas nazicomunistas, talvez até recorrendo à hipnose. Muitas escolas se recusaram a mostrar a preleção presidencial. A mãe entrevistada pela CNN estava apavorada com o que o demônio negro de fala mansa poderia fazer com a mente dos seus filhos.

A demonização do Obama se deve em grande parte à sua intenção de criar um sistema universal de saúde pública como os que já existem em todos os países civilizados do mundo (e mesmo semicivilizados, não vamos citar nomes), para garantir assistência médica aos mais de 50 milhões de americanos que hoje não têm proteção alguma. As seguradoras, indústrias farmacêuticas e empresas hospitalares que já tinham liquidado com um plano similar do Clinton mobilizaram-se de novo, com a colaboração da imprensa conservadora, de políticos reacionários e de almas simples como a mãe apavorada, e transformaram a ameaça aos seus lucros numa guerra ideológica. Ainda é incerto se o Baraca conseguirá ver seu plano, ou uma versão chocha do mesmo, aprovado. Ou se chegará ao fim do seu mandato, nesse clima.

Dias depois da mãe chorosa a mesma CNN mostrou um pastor do Sul dos Estados Unidos declarando que rezava para Obama morrer de câncer e ir para o Inferno. E a congregação dizendo "Amém!".
Texto publicado no Globo de 16/09/09.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

3º MANDATO PARA LULA É DILMA !

3º MANDATO PARA LULA É DILMA Será que Botafogo e Fluminense , conseguindo se livrar do rebaixmento, irão substituir os técnicos ?


Na política é mesma coisa, até 2002, tínhamos o desemprego, hoje temos recordes de empregos, como o de Agosto de 214 mil;
Até 2002, tínhamos o vale gás, o vale do leite, e campanhas por todo país para a população doar comida para os miseráveis, hoje o Bolsa Família protege 11 milhões de famílias;
Até 2002, havia o crédito educativo, que endividava o formando, hoje o PRÓ-UNI já tem 500 mil universitários;
Até 2002, as Concessionárias de Distribuição de Energia, diziam que não era viável as ligações no campo, hoje mais de 2 milhões de famílias receberam a luz elétrica na sua casa, em alguns casos, construíram 52 km de linha de transmissão de energia como em Feijó- AC
(leia o Informe do Acre )
Em Feijó, o governador também inaugurou mais duas etapas do “Luz para Todos”. Uma das áreas beneficiadas foi a aldeia indígena “Morada Nova”, localizada às margens do rio Envira, na frente da cidade de Feijó. A aldeia é composta de 208 famílias da tribo Xanenwa, que reivindicam a energia havia pelo menos 12 anos. “Nós não entendíamos porque a luz só chegava até a cidade de Feijó. Eu pensava: será que esses governantes não acham que também somos brasileiros?”, questionou Francisco de Assis Brandão, um dos caciques da aldeia. “Aquilo que a gente esperou por tanto tempo finalmente chegou. Isso é um sinal de que o governo atual não é só dos brancos, não é só das cidades. É de fato o governo da floresta”, acrescentou o cacique.

Até 2002, o salário mínimo era de US$ 50, ou R$ 200, hoje está em mais de US$ 235 , ultrapassando R$ 500 em Janeiro de 2010. Sobre os aposentados, 65 % estão tendo o aumento do SM, e os demais a proposta está no Congresso e com as Centrais Sindicais;

Na Previdência, aposenta-se muito mais rápido, e o fator previdenciário, herança de FHC, vai cair em breve;

Temos novos postos de saúde, o SAMU, um enorme centro de ortopedia na ex-sede do JB;

O juro está abaixo de um dígito, o que até 2002, era de 27 %, com direito ao micro crédito,

Tem isenção de IPI, para segurar o emprego e combater a crise;

Faltou geladeira para vender no inverno , venderam carro com ágio aqui, durante a bancarrota das montadoras no mundo todo;

Não dá para inventar, em time que está ganhando não se mexe .....

3º MANDATO PARA LULA É DILMA !

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Acidentes de Trabalho podem disparar !

Antecipo aqui um possível comentário da Mírian Leitão sobre os recordes de criação de emprego em 2009.
Ela diria : Se por um lado louvamos a criação de tantos postos de trabalho, por outro temos a lamentar o aumento nos índices de acidente de trabalho que certamente ocorrerão. O Governo preocupado unicamente com na criação de empregos sem qualquer critério, não se preparou para este momento e a realidade será a falta de fiscalização , porque faltam fiscais , o aumento no pagamento de benefícios aos futuros acidentados, pois o empregador continuará pagando apenas os primeiros 15 dias, a queda da arrecadação do INSS, não apenas pelos motivos acima, mas também porque acidentado deixa de recolher a sua contribuiçãoe passa a gastar com despesas hospitalares e de fisioterapia.

Por estas razões, os principais analistas do mercado previdenciário que consultei, estão vendo dias muito difíceis para o caixa do INSS, inclusive com um previsível aumento do deficit da Previdência, podendo comprometer até o pagamento de pensões aos aposentados.
É muito preocupante a situação do INSS, após este aumento absurdo nos índices de empregabilidade no País.

150 MIIIIIILLLL EMPREGOS !

O GOVERNO LULA ANUNCIA NESTA QUINTA FEIRA A CRIAÇÃO DE 150 MIL EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA EM TODO PAÍS NO MÊS DE AGOSTO.

Claro que as medidas tomadas por Lula, como ampliação do crédito pelo BNDES, BB, CAIXA e demais bancos públicos somaram muito para este resultado.

Colaborou também a desoneração de várias matérias primas e a retirada do IPI na fabricação de veículos, eletrodomésticos e construção civil. FALTOU GELADEIRA NAS LOJAS EM PLENO INVERNO !

A ampliação do prazo para pagamento de tributos federais como PIS, CONFIS e a contribuição para o INSS.

Para a oposição , resta a constatação de que , PARA O SURFISTA MEDÍOCRE, QUALQUER MAROLINHA É UMA TSUNAMI...

O EXEMPLO DO PRESIDENTE

O Presidente dá ele próprio um exemplo contra o nepotismo. sua irmã Sebastiana trabalha como merendeira na periferia de São Paulo. O fato só foi notícia porque ela pegou a gripe Suína.

A filha de Lindu*
A irmã caçula de Lula, Sebastiana, 59 anos, merendeira numa escola na periferia de São Paulo, está internada com gripe suína.Aliás, o nome dela oficial é Ruth. A mãe, Dona Lindu, queria batizar como Sebastiana, mas o dono do cartório achou feio e por sua conta sapecou Ruth.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A DEFESA DO PRÉ SAL

As manchetes do O GLOBO, "Lula recorre até ao pré-sal para defender gasto militar bilionário, 8/set; "Decido quando eu quiser " , diz Lula sobre a compra de caças, 12/09 "Brasil não garante soberania do pré-sal com pacote bélico, 13/set; revelam a má vontade e até o mau caratismo deste jornal, aliado à desinformação da FSP, no seu editorial - “Logo desmentido, anúncio da compra dos caças franceses se inscreve na lista das gafes do presidente Lula”, ou manchete interna pg. 10 de hoje "França não transferirá 100% da tecnologia, diz especialista"

É no mínimo má vontade e desrespeito não apenas contra o Presidente, mas contra o País. Os prazos do Ministério da Defesa para reaparelhamento militar do Brasil, vão até 2030. Ora, o que estamos fazendo é aproveitar uma oportunidade, visto que a crise mundial afetou a indústria bélica em todo mundo, daí ser possível a transferência de tecnologia, possível, pois não nos esqueçamos do acordo nuclear Brasil x Alemanha.

O que conhecemos deste mercado de armas ? Ele é bem diferente da exportação de automóveis ou da compra de bacalhau para o natal. As leis de mercado existem, mas outras leis imperam, como a proibição de vendas de aviões à Venezuela recentemente. Com estas limitações impostas pela política, que tal comprar armamento do País que mais invadiu outros países, em tempos modernos ?

Qualquer imbecil , percebe a intenção de desqualificar os fornecedores franceses, ignorando que os nossos pilotos já voam em aviões fabricados na França, eu não entendo nada, mas esta proximidade deve ajudar .

A prática americana da venda do pacote sem transferência de tecnologia, vejam a matriz de remédios para Aids, é relatada pela nossa imprensa , como uma possível prática francesa, segundo a folha no relato de um especialista. Ora, nenhuma tecnologia em lugar nenhum do mundo é repassada de "mão beijada". Nós estamos entregando a tecnologia de prospecção em águas profundas para os necessitados países africanos ? Claro que não.

Um impedimento real para a transferência de tecnologia tanto dos aviões quanto dos submarinos
serão os sindicatos franceses, que protegem seus empregos desde o leite de cabra, passando pelo queijo, pelo vinho, não iria deixar repassar conhecimento sem um belo acordo trabalhista garantindo seus empregos e uma expansão no setor.

Portanto , antes de desqualificar as nossas autoridades, vamos olhar o interesse nacional e despatidarizar esta questão , que é de interesse até dos nossos netos, bisnetos....

sábado, 12 de setembro de 2009

Comendo a galinha.....

O Brasil acaba de obter novos, surpreendentes e favoráveis índices económicos no trimestre, apontando a nossa recuperação económica. Ontem , em seu estado natal, o Companheiro Presidente, ao lado do Presidente da Petrobras Gabrielli, participou da cerimônia do batimento de quilha ( início da montagem de navio) de navios para o PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO E EXPANSÃO DA FROTA, para um total de 49 embarcações.

Para enfrentar a crise, governo, povo, empresários, bancos públicos, juntos, retiraram o IPI, fortaleceram o mercado interno, resdiscutiram prazos , ampliaram o crédito, otimizaram a produção.

Na contra mão deste esforço nacional está a Vale, que encomendou 12 navios de 400 toneladas na China, da mesma forma que FHC tentou fazer com as nossas plataformas de petróleo.

O Ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge, declarou-se indignado com o aumento de 10 % e 13% no preço do aço, feitos pela USIMINAS E CSN. Em 2005, elevamos as alíquotas de importação de oito tipos de aço, para proteger as siderúrgucas nacionais de uma suposta invasão do aço chinês.

O inimigo mora ao lado, pois a invasão não aconteceu e eles claro, aumentaram o aço.

Esta é a mentalidade de parte desta elite brasileira privatista, ao contrário de receber um ovo por dia , todos os dias, querem comer a galinha.

REDUZIR A JORNADA JÁ !

de Antônio Neto
Reduzir a jornada, já! Recentemente, tivemos a oportunidade de participar de uma Comissão Geral promovida pela Câmara dos Deputados com o objetivo de discutir a Proposta de Emenda Constitucional que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas.Os trabalhadores, através das Centrais Sindicais e demais entidades, demonstraram grande unidade e mobilização na defesa dessa que constitui, hoje, a principal bandeira do movimento sindical. Alguns segmentos empresariais, no entanto, continuam resistindo à proposta, utilizando, como fizeram durante a Comissão Geral, argumentos pouco ou nada consistentes, muito parecidos com os que eram apresentados à época da Constituinte de 88, quando afirmavam que as empresas e a economia nacional iriam quebrar.

O tempo passou e nada disso aconteceu, muito pelo contrário.O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, demonstrou recentemente, com dados técnicos, que, se a carga horária oficial de trabalho for reduzida das atuais 44 horas semanais para 37 horas, o País teria condições de dar ocupação para toda a população. Mas ele ressaltou que isso só seria possível caso fossem mantidos os investimentos, a produção e, também, aumentada a capacidade produtiva do país.Segundo Pochmann, mais fácil seria alterar a distribuição do tempo de trabalho no Brasil, uma vez que o estudo registrou que o país tem uma grande parcela de trabalhadores com carga horária bastante reduzida, de um lado, e, do outro, quase a metade de seus trabalhadores com jornadas acima de 44 horas semanais.

Uma melhor redistribuição dessa jornada permitiria mais pessoas ocupadas do que a simples redução da jornada oficial.Outro estudo divulgado pelo Ipea mostra que, da promulgação da Constituição Federal, em 1988, até 2007 a carga horária média de trabalho da população brasileira apresentou tendência de queda. Segundo o Ipea, desde o final da década de 80 do século passado houve redução nas horas médias tradicionalmente trabalhadas pelo conjunto de pessoas ocupadas no Brasil. O país como um todo registrou, no período estudado (de 1988 a 2007), diminuição em 10,7% na carga horária média semanal trabalhada pelos ocupados.

Em resumo, a redução foi de 44,1 para 39,4 horas médias semanais de trabalho.Os dados consolidados pelo Ipea revelam, porém, que é crescente o percentual de trabalhadores ocupados no Brasil que cumprem jornada acima de 44 horas, com a realização de horas extras. Esse percentual era de 30,6%, em 1988, e pulou para 43,6%, em 2007.A jornada de trabalho média foi fortemente influenciada pelo aumento do tempo mínimo de trabalho. Mas houve também aumento da jornada extra.

O Brasil não só reparte mal sua riqueza mas também seu tempo de trabalho. A nossa jornada de trabalho é mal distribuída, conclui o Ipea. Para o órgão, o fraco desempenho da economia no período elevou o grau de informalidade, o que explica a redução de 10,7% da jornada, pois as cargas horárias reduzidas são exercidas, em geral, por informais.Outro argumento importante exposto por Pochmann é que o aumento da expectativa de vida no Brasil - que hoje é de 72,3 anos - justifica a entrada tardia no mercado de trabalho. "Não há razão técnica para alguém começar a trabalhar no país antes dos 25 anos de idade.

Especialmente porque estamos para entrar na fase em que a expectativa de vida ultrapassará os cem anos."Seu argumento para reduzir a jornada é o acúmulo de capital pelo sistema financeiro internacional, que ele chamou de "produtividade imaterial". "Essa produtividade justifica a razão pela qual não há, do ponto de vista técnico - pasmem, motivo para alguém trabalhar mais do que quatro horas por dia durante três dias por semana."Outro dado, dessa vez apresentado pelo Dieese, reforça a tese da redução da jornada: a produtividade cresceu 23% no Brasil entre 2002 e 2008, mas esse ganho não foi compartilhado com os trabalhadores.

O Dieese calcula ainda que a redução da jornada poderia gerar cerca de 2,5 milhões de novos empregos.Apenas essas razões, abalizadas tecnicamente, seriam suficientes para justificar a mudança constitucional. A redução da jornada para 40 horas semanais não apenas estimularia a geração de mais empregos, diferentemente do que sustentam seus opositores, como também moldaria a lei ao que ocorre atualmente no país e seria um importante instrumento para impedir ou reduzir drasticamente determinadas práticas, como a das horas extras (o Brasil é um dos países que mais adota esse expediente em todo o mundo) e do banco de horas que tanto precarizam o trabalho em nosso país.

Entidades empresariais argumentam que a redução da jornada pode ser estabelecida pelos acordos e convenções coletivas. Trata-se de um grande engodo, pois a realidade demonstra, de forma cabal, que as categorias profissionais menos organizadas e destituídas de poder de pressão jamais conseguiriam esse objetivo pela via da negociação.

A Constituição e as leis do País é que devem estar a serviço, em todos os seus aspectos, principalmente, dos mais fracos e necessitados.Por todos esses motivos, reiteramos a importância do Congresso Nacional votar imediatamente a redução da jornada de trabalho, permitindo ao país mais um salto significativo no seu desenvolvimento econômico e social.

Antônio Neto é presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e do SINDPD-SP. É membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

Berlusconi e a Itália

Shakespeare amava a Itália, mas nem por isso deixou de mostrar, com sua perspicácia, as idiossincrasias dos “romanos”! Do conflito das famílias Montechio e Capuleto, em Romeu e Julieta; da vileza de Iago, em O Mercador de Veneza; do intrigante Iachimo em Cimbelino; de Alonso, o covarde Rei de Nápoles, em A Tempestade, Shakespeare apontou os muitos vícios da sociedade italiana.

Aqueles que estão chocados com o comportamento de Sílvio Berlusconi, Primeiro-Ministro da Itália, não conhecem a história nem o povo desse belíssimo país! Diferente do resto mundo, a principal instituição da Itália é a família, e em seguida a empresa familiar. O Estado vem depois. O empreendedor bem sucedido na Itália é o modelo favorito de todos e uma espécie de príncipe do passado.

Suas sociedades secretas têm como base a Igreja Católica e a família. A mais famosa dessas sociedades “A Cosa Nostra”, a Máfia, tem fortes conexões no Estado e até hoje ninguém conseguiu desmontar essa organização criminosa, mítica e romantizada. A Itália é ainda um país dividido entre o norte rico e um sul que ainda tem muito que fazer para se igualar ao resto da nação. O processo de unificação de suas cidades – outrora poderosas unidades – como Milão, Veneza, Florença e a própria Roma, realizada no século XIX, não se completou no coração de todos.

Muitas das cidades do sul vivem como se o poder público não existisse. Na Sicília e na Calábria as pessoas se recusam a pagar impostos, luz, água etc. Desde a Roma antiga as famílias já se orgulhavam de seus antepassados. O maior orgulho de Júlio César era sua origem famíliar. Com a queda do Império Romano no século V, todo esse orgulho é destruído, e Roma conhece a barbárie. Só a partir do século XIII é que a Itália prospera e suas cidades se tornaram as mais importantes de toda a Europa.

É nesse período que temos notícias das poderosas famílias controladoras dessas pequenas nações: os Sforza, Médici, Este, Gonzaga, Bórgias e os Viscontis. Os Viscontis, nos séculos XIV e XV eram a família mais rica da Europa, rivalizando com a riqueza dos reis da França. Era uma família famosa por seu poder, luxo, crueldade e perversão sexual. Suas orgias sexuais ultrapassavam o imaginável. Matavam-se uns aos outros e a traição entre eles era algo banal. Dois de seus representantes, Barnabo e Gian Galezazo Visconti passaram pra história: o sobrinho matou o tio e ficou com o trono.

Berlusconi é um Visconti vivendo na época da Internet. Nem as leis nem a Imprensa domarão Berlusconi. Do alto dos seus muitos bilhões de euros e da condição de Chefe de Estado, ele não conhece poder acima dele. Ele é um príncipe do Renascimento com conexões familiares. O partido político pelo qual se elegeu foi criado e é patrocinado por ele.

É Primeiro-Ministro pela terceira vez. Quando sair do Governo, do alto de seu poder econômico, continuará fazendo o que quiser. Na Alemanha ou na Inglaterra isso seria impossível, na Itália não. Os italianos são diferentes nesse particular. De 1945 até hoje a Itália teve 61 gabinetes. Na década de 80, a Itália ficou três meses sem nenhum governo.

Berlusconi já fez o que quis, com 74 anos é um cidadão acima de tudo e de todos. Os italianos admiram disso. O mundo não gosta de seu comportamento, mas é assim que a Itália é. Dante Alighieri levou todos iguais a ele para o Inferno. E nós, para onde mandaremos Berlusconi? é Theófilo Silva é Presidente da Sociedade Shakespeare de Brasília e colaborador da Rádio do Moreno.
Transcrito da Rádio do Moreno, site de Jorge bastos Moreno, OGLOBO/12 de setembro

11 de setembro de 1973, aviões...


De Max Altman São Paulo
Hoje na história: Em 1973, morte de Salvador Allende marca o início da ditadura militar no Chile
Em um determinado momento da prolongada visita de 24 dias que o líder cubano Fidel Castro fez ao Chile de Salvador Allende, em novembro de 1971, veio à tona a questão militar. O presidente chileno ponderou que naquele país as Forças Armadas eram tradicionalmente neutras, não se intrometiam em política, ou seja, eram estritamente profissionais. Fidel retrucou que essa postura iria ser sustentada até o dia em que os interesses da classe a qual a hierarquia militar pertence fossem tocados. “Nesse dia, tomarão posição, e será contra você”.

Salvador Allende perdeu por três vezes as eleições presidenciais, em 1952, 1958 e 1964, antes de se eleger presidente do Chile, em 1970, como candidato de uma coligação de esquerda, a Unidade Popular. Entrou para a história como o primeiro marxista a chegar ao poder pelas urnas. Allende assumiu a presidência no dia 3 de novembro de 1970 e durante seu governo nacionalizou as minas de cobre, a principal riqueza do país. Além disso, transferiu o controle das minas de carvão e dos serviços de telefonia para o Estado, aumentou a intervenção nos bancos e fez a reforma agrária, desapropriando grandes extensões de terras improdutivas e entregando-as aos camponeses. Entretanto, os pilares socialistas no Chile não se firmaram como queria Allende.

Os Estados Unidos, envolvidos na Guerra do Vietnã, não admitiam a instauração de um segundo regime socialista em sua área de influência. As nacionalizações e estatizações adotadas pela Unidade Popular também não eram bem vistas pelas grandes corporações norte-americanas. Além disso, fatos graves começaram a acontecer, a exemplo do assassinato do Comandante em Chefe René Schneider, substituído pelo não menos constitucionalista general Carlos Prats.

Outra dificuldade foi o fato de o governo norte-americano submeter o Chile a um bloqueio econômico informal, que impedia o país de obter empréstimos internacionais ou bons preços para o cobre, principal produto de exportação. Allende acreditava que o objetivo da medida era sufocar a economia chilena até que um levante das Forças Armadas colocasse fim a "via chilena para ao socialismo". Para agravar a situação, em setembro de 1972 iniciou-se uma greve de caminhoneiros financiada pela CIA e comandada por Leon Vilarín, um dos líderes do grupo paramilitar neofacista Patria y Libertad. A paralisação impediu o plantio da safra agrícola no país até 1973. Com o apoio dos industriais chilenos, a estratégia era provocar o desabastecimento de artigos de primeira necessidade no Chile.

A partir daí, o clima de tensão foi ficando cada vez mais intenso, com o Movimento da Esquerda Revolucionária de um lado e o direitista Patria y Libertad de outro. No dia 29 de junho de 1973 houve então a primeira tentativa de golpe, por meio de uma aliança entre o Patria y Libertad e os militares chilenos que pretendia tomar o Palácio de La Moneda, numa operação conhecida como El Tanquetazo. Entretanto, a ação fracassou ao ser descoberta pela inteligência do Exército, então comandado por Prats. Com isso, o general chegou a pedir a instauração do estado de sítio no país. A solicitação foi acatada por Allende, mas negada pelo Congresso. Assim, a tomada do poder ficava cada vez mais iminente. O general Prats, que se recusava a participar do golpe militar, renunciou depois de uma manifestação de esposas de oficiais golpistas diante de sua residência.

Foi então que Salvador Allende nomeou um antigo militar que acreditava ser de total confiança: Augusto Pinochet. Na madrugada de 11 de setembro de 1973, aviões militares sobrevoaram e bombardearam o palácio presidencial. Lá estava Allende, quase só. Não se dispondo a sofrer humilhações, valeu-se da submetralhadora que lhe fora presenteada por Fidel Castro para pôr fim à própria existência. Estava instaurada a sanguinária ditadura pinochetista. Lembrança Hoje, 36 anos depois, milhares de chilenos saíram às ruas de Santiago para lembrar a morte de Salvador Allende e o início da ditadura militar, que durou até 1990 e deixou mais de 3 mil mortos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

E agora Serra ?

09/09/2009 22h15
Câmara aprova o Estatuto da Igualdade Racial
Brizza cavalcante

Carlos Santana (E), ao lado do relator Antônio Roberto, disse que reconhecimento da desigualdade é uma vitória.
A comissão especial que analisou o Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/05) aprovou, nesta quarta-feira, a redação final do substitutivo do relator, deputado Antônio Roberto (PV-MG). O texto prevê medidas como o incentivo à contratação de negros em empresas, o reconhecimento da capoeira como esporte, a reclusão de até três anos para quem praticar racismo na internet, o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana e o estímulo às atividades produtivas da população negra no campo. A proposta foi o resultado de mais de seis anos de discussão no Congresso.Depois de um acordo com deputados contrários a alguns pontos da matéria, a comissão aprovou a redação final do substitutivo com mudanças em relação ao texto original.

Seis anos porque alguns partidos e seus líderes pessam bem diferente e impediram uma tramitação mais ágil. Leia a seguir trecho do artigo de Jose Serra publicado na FSP em Sex, 24/04/09 ....Nenhum genocídio deve ser esquecido

Aqueles que, em pleno século 21, insistem em ressuscitar o conceito de raça e em criar legislações baseadas na premissa de que elas merecem tratamento diferenciado pelo Estado devem ser contidos em suas ações e pretensões, sob pena de incitarem, em algum momento do futuro, processos odiosos que não podem ser aceitos pela humanidade.Por isso, nenhum genocídio deve ser esquecido, todos devem ser lembrados, seus responsáveis execrados, suas causas e motivações sempre pesquisadas e analisadas, suas brutalidades reconstituídas, suas vítimas homenageadas. Nunca esquecer para que não volte a acontecer.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Chuva em S. Paulo

Com a chuva, quatro mortos, os rios transbordando, arrastões nos motoristas ilhados, o Anhagabaú totalmente alagado, do Kassab nem cheiro. No tempo da Marta, para todo Brasil, a Globo mostrava, a Prefeita está em Paris, está em Buenos Aires.
No governo do DEMO, o tratamento é outro, a Globo não mostra nem o chefe da defesa civil, o secretário de obras, o prefeito nem pensar...

ALô Globo, FSP, Estadão ....

A situação da segurança em Salvador é preocupante, o Governador Jaques Wagner está exatamente na frente da crise e pode convocar a Força Nacional.
Muito antes disso, na Favela Heliópolis, S. Paulo, em situação idêntica, o Governador sumiu. A Globo não cobrou a prisão dos bandidos nada. A cada dois dias, um prédio da zona sul paulista sofre um arrastão. O Governador , sumiu...

PT na rua a luta continua !

O Programa de Eleição Direta é longe o instrumento mais democrático para a escohla dos dirigentes partidários da política brasileira. Mas precisamos olhar para fora do partido, visto que a agenda petista está demasiadamente voltada para o lado interno . Para dar alguns exemplos, temos toda a discussão precedente do pré sal, que a população desconhece a posição defendida pelo Companheiro Presidente da distribuição mais equitativa , a "royalties" para todos os brasileiros; a volta da CPMF, que injetaria recursos da contribuição de 5% da população brasileira; a polêmica da compra do armamento brasileiro; o processo do 3º mandato na Colômbia com denúncia de compra de votos à moda FHC, apoiada pelo silêncio da mídia brasileira.
Tem muita coisa para discutir e enfrentar o tucanato e o demo.
Faltam menos de 13 meses para eleição que vai definir o futuro da nossa gente, PT na rua, antes que seja tarde....

Dilma em 1º

O blog da Dilma está em 1º lugar na consulta da Blogbooks. Concorrem sete blogs. Dê o seu voto, se possível para o blog da Dilma.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O COMPLEXO DE VIRA LATA

O artigo do nosso prefeito de Osasco, responde ao "petismo com pessimismo" que observo há décadas no nosso PT. Algo que Nelson Rodrigues escreveu sobre a incapacidade do futebol brasileiro assumir a sua condição de melhor do mundo. que redundou nas derrotas no Maracanã em 50 e na Suíça em 54 : O COMPLEXO DE VIRA LATA.

Penso eu, que o o nosso PT, o PT de Lula, deve assumir a posição de partido hegemônico na política nacional em todas as regiões do nosso país. Sem desejar fazer uma redução abrupta do MACRO para o micro, o artigo fundamenta as rasões do meu incomformismo , com a posição por exemplo dos meus companheiros do PT de Nietrói, dos dois lados, onde estamos entrando pela porta da cozinha no governo por um lado, ou fazendo oposição sem qualidade e conteúdo pelo outro.

E também no PT estadual, onde a nossa importância só é reconhecida pelo Governador e seus pares, na figura do Presidente Lula. O PT fluminense não soube se impor , como o partido responsável pelo maior ciclo de investimento na história do estado, seja na indústria, no transporte, na saúde, na educação, na assistência social, na segurança, etc.

O Artigo de Emídio de Souza, faz-nos refletir sobre este COMPLEXO DE VIRA LATA , que passa por alguns petistas nas crises do nosso partido. A seguir o artigo:


04/09/2009 11:13


Por Emidio de Souza

-->Nada de novo nestas três décadas de sua existência, o PT já recebeu incontáveis sentenças de morte. Na sua primeira infância por parte de muitos que, honestamente, viam no PMDB o desaguadouro natural das lutas democráticas. Não faltaram os que, no campo da esquerda, questionavam sua essência e ainda os que reivindicavam um realinhamento junto ao trabalhismo histórico.


Foi execrado quando negou o colégio eleitoral e afastou os que aderiram, quando não assinou a constituição e quando não apoiou o Plano Cruzado. A certeza da sua consolidação só veio com a força da militância na campanha de Lula contra Collor em 1989 e ironicamente coincidiu com o momento de maior baixa no ideário socialista que foi a queda do muro de Berlim.Não foram mais amenos os anos 90 e o início deste século, até a vitória de Lula em 2002.

Do combate as privatizações à construção de alianças. Do avanço na formulação política até transformar-se em um dos principais partidos de esquerda do mundo; nossa trajetória nunca foi feita sem dores e perdas.Muitos dos nossos não suportaram as cobranças da mídia nem o peso de se construir um novo paradigma de luta social e política. Não conseguiram em momentos de crise, enxergar ao longe, o país melhor que propúnhamos construir, vergaram sob o peso da luta ideológica que muitas vezes se ocultava sob o manto de uma falsa ética ou do “fim da história” como se pregava no início dos anos 90.Muitos hoje são nossos aliados, mudaram de partido, mas não de lado. E outros optaram por servir aqueles que nós nascemos para combater.

Nada de novo, portanto, quando abrimos jornais ou revistas, blogs ou TVs e assistimos a enxurrada de críticas a Lula mesmo com sua justificada aprovação ao seu governo. Alguns chegam a assumir descaradamente o papel de partidos de oposição e até expressar um incontido desejo de “fim do PT” ou da “Era Lula”. Escalam seus teóricos e leitores de pesquisas, seus analistas de mercado e cientistas políticos para dar suporte às suas idéias.A elite brasileira a quem boa parte da mídia serve e se serve não nos tolera. Só não foram em frente no impeachment de Lula em 2005 porque não tiveram apoio político e social para tanto.

Nos acusaram de querer o 3º mandato, mas silenciaram quando Genoíno deu o parecer contrário que sepultou a idéia. Acusam de golpismo o 3º mandato na Venezuela, Equador, Honduras e Bolívia, mas preferem o silêncio quando o tema avança na Colômbia. São seletivos em suas análises.

Não, nada de novo. O mesmo PSDB que exige CPI em Brasília, as soterra em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Se os tucanos e o condomínio que os acompanha tivessem qualquer apego à ética, já tinham afastado a governadora do Rio Grande do Sul, tinham apurado a compra de votos para aprovar a reeleição do FHC, não veriam como normal o socorro a Arthur Virgílio em Paris, o tratamento de Sérgio Guerra nos Estados Unidos e o desvio de recursos do metrô no caso Alston.

É inafastável a questão ética para um partido como o nosso, mas o que move a oposição neste momento, não é a preocupação com o nepotismo no Senado, pra o qual sempre foram condescendentes, nem o patrocínio da Petrobrás a festas juninas no Nordeste. O que se busca, na verdade, é inviabilizar a continuidade do nosso projeto e na falta de um discurso consistente, buscam seduzir o país com uma pseudo e tardia preocupação moralizadora.

O desafio, portanto, para os petistas e os democratas em geral é construir um amplo campo de alianças para sustentar Lula, Dilma e o nosso projeto. Não vejamos apenas as conquistas dos últimos 7 anos, mas principalmente a consolidação nos anos que virão das políticas de desenvolvimento com distribuição de renda, de inserção internacional soberana, de liderança na América Latina, de ampliação do mercado interno, de inclusão social e de democracia. Emidio de Souza é prefeito de Osasco

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cuidado, Vírus 7 de Setembro

Mais uma ameaça à rede mundial de computadores. Um vírus que se acredita genuinamente brasileiro, poderá atacar todos os computadores na próxima segunda feira. Ele inunda a tela de verde amarelo e logo depois a inscrição : BRASIL, INDEPENDÊNCIA OU MORTE !
Aí, a tela desaparece e acende a seguir com a música : O vírus do Ipiranga as margens plácidas....

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

No norte, chove num dia e no outro também !

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que entre agosto de 2008 a julho de 2009, o país registrou o menor índice de desmatamento na Amazônia desde 2004, observando-se uma queda de 46% em relação a igual período anterior. A notícia, excelente, comprova os esforços do governo federal na área. E é um desmentido cabal não só à mídia, mas aos que nos últimos dias afirmam que a questão ambiental não é uma prioridade no governo Lula e que não teria havido avanços na área. Apesar do argumento absurdo invocado pela Folha de S. Paulo (ontem) de que essa queda se deu por conta das "chuvas" e da "crise", não há dúvidas de que ela é resultado de um processo contínuo, levado com firmeza pela atual gestão do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. (Fonte : Blog Zé Dirceu)

Atenção Folha ! No norte do país, os seus habitantes tem a seguinte pergunta incorporada à sua linguagem no seu dia a dia: VOCÊ VAI LÁ, TUDO BEM , MAS ANTES OU DEPOIS DA CHUVA ....

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Abdias , além mar

A Ditadura Militar perseguiu muito o nosso Abdias. Os militares sabiam qua a voz rouca daquele alagoano não se calaria diante do arbítrio. No Estaleiro Mauá, que está situado na Ponta d´Areia em Niterói, espremido entre o Morro da Penha ou Morro dos Cabritos e o mar do canal de S. Lorenço, começa na rua Dr. Paulo Frumêncio e termina nas imediações da ex- Praia do Toque Toque.

Esta rua, Dr. Paulo Frumêncio, com calçada e tudo, foi anexada ao território do Estaleiro Mauá. A direção do estaleiro, desejando barrar a atuação do Sindicato dos Metalúrgicos e obedecendo cegamente as ordens dos militares, proibiu a entrada de Abdias no estaleiro para execução do seu trabalho sindical. Achavam que haviam finalmente vencido o forte e teimoso Abdias.
Certa madrugada, um pequeno barco de alumínio e motor de popa navegava por toda orla que margeava o estaleiro e de um potente megafone a voz rouca ecoava novamente nos ouvidos da peãozada. O estaleiro tentou contratacar botando musiquinha em alto falantes, mas a voz de Abdias era muito mais forte.

Logo Abdias descobriu que de barco era muito mais fácil e rápido comunicar-se em todos os estaleiros e usou o barco e o megafone inclusive nos estaleiros que tinha entrada permitida.


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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Adeus Abdias !

Faleceu o companheiro ABDIAS JOSE DOS SANTOS, metalúrgico, carpinteiro naval por profissão e maior liderança sindical nos últimos 40 anos no nosso estado. Abdias, conseguiu soerguer o Sindicato dos Metalurgicos de Niterói e Itaboraí. Inclusive a sua sede , construída em sua gestão , é a maior após a dos Operários Navais.

Diversas lideranças comparareceram ao Cemitério de São Miguel, como a Secretária de Estado Benedita da Silva, a Prefeita de S. Gonçalo, Apaecida Panisset, os deputados Gilberto Palmares, Luiz Sergio e Rodrigo Neves, o ex-prefeito Godofredo Pinto, o presidente da CUT, Darby de Lemos Igayara, o vereador Miguel Moraes que discursou, o secretário Luiz Paiva, líderes sindicais como Miranda, Ivan cabeça Branca, Cliveraldo Nunes.

O Presidente Lula, mandou ses pêsames â família e uma coroa de flores.


Abdias José dos Santos
(14-06-1932 – 31-08-2009)
Alagoano, perseguido político pela ditadura – preso em 1969 e exilado. Liderança operária, fundador da CUT, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí por três mandatos e fundador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (SINTAPI/CUT), militante da Ação Cristã Operária - ACO.
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí por três mandatos, Abdias José dos Santos foi homenageado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro no dia 17 de abril desse ano. O ex-metalúrgico, com 76 anos recebeu a Medalha Pedro Ernesto. A iniciativa do Vereador Reimont (PT) foi em agradecimento por toda a trajetória de lutas vitoriosas em defesa da categoria dos metalúrgicos e também como líder comunitário, pois foi presidente da Associação dos Moradores do Morro de São Carlos.
Abdias é autor de quatro livros que retratam a vida da classe operária, entre eles O biscateiro: depoimento de um trabalhador (Editora Vozes, 1977).
Breve biografia:
Nascido em Barreiras de Coruripe estado de Alagoas, em 14/06/1932, filho de Minervina Rosa da Conceição e Pedro Antonio dos Santos. Casado com Noêmia Lessa dos Santos. Veio tentar a vida no Rio de Janeiro, morando no Morro de São Carlos. Trabalhou como biscateiro numa oficina construída em sua própria casa. Cursou até a 4ª série primária, fez curso e foi professor no SENAI na área de Marcenaria. Publicou 04 livros: O Biscateiro, O dia-a-dia do Operário na Indústria, O Julgamento e Consciência Operaria. Foi presidente da associação dos moradores do Morro de São Carlos. Perseguido político da ditadura foi preso em 1969, exilado, apoiado por amigos morou 03 anos em Salvador primeiro longe da família e depois todos juntos.
Anistiado, voltou para o Rio de Janeiro e retomou sua vida junto à sua família. Conseguiu construir uma casa em Inhaúma, onde criou seus filhos. Trabalhou em diversos estaleiros, foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí por 03 mandatos. Participou do Movimento sindical de renovação à partir de 1979, 1ª e 2ª executiva da PROCUT, 1ª a 5ª executiva Nacional da CUT exercendo cargo de tesoureiro Nacional, articulou e fez parte da criação do Partido dos Trabalhadores com participação nos diretórios em todas as instâncias, Municipal RJ, Estadual RJ e Nacional.
Aposentado, diretor executivo na direção Nacional do SINTAPI – CUT (Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados Pensionistas e Idosos), Secretário Executivo do SINTAPI–CUT Base RJ. Fez parte do Conselho Nacional de Saúde como suplente, do Fórum dos Anistiados e ocupa um cargo de confiança na secretaria do planejamento da prefeitura de São Gonçalo.
Construiu com seus próprios recursos e muito sacrifício a sede do SINTAPI CUT– RJ, em parte do terreno onde seu filho tem uma oficina de carpintaria, lutando para que a direção do SINTAPI CUT-RJ não desanimasse e seguisse em frente com seu tão sonhado projeto de ver tudo funcionando.
Por Gilberto Palmares - Deputado Estadual (PT-RJ).

A missa de 7] dia será resada no dia 7 de setembro na Matriz do Alcântara.
Falaremos mais sobre esta grande figura humana que nos deixou....