segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Lula o 1º também em Davos

Lula recebe título de estadista mundial
Publicado em 22-Jan-2010
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O presidente Lula recebe na próxima semana, na Suíça, das mãos do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o Prêmio Estadista Global, do Fórum Econômico Mundial de Davos. É a primeira vez que o prêmio é atribuído nas 40 edições do mais famoso encontro econômico mundial. Ao anunciar a criação da homenagem e informar que o presidente Lula será o primeiro contemplado com o prêmio, os organizadores do Encontro de Davos explicaram, em nota oficial, que a honraria será conferida aos líderes políticos que usam o seu mandato para aperfeiçoar "o estado do mundo".
O presidente Lula recebe na próxima semana, dia 29, na Suíça, das mãos do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o Prêmio Estadista Global, do Fórum Econômico Mundial de Davos. É a primeira vez que o prêmio é atribuído nas 40 edições do mais importante e famoso encontro econômico mundial.Ao anunciar a criação da homenagem e informar que o presidente Lula é o primeiro contemplado com este prêmio de estadista mundial, os organizadores do Encontro de Davos explicaram, em nota oficial, que a honraria será conferida aos líderes políticos que usam o seu mandato para aperfeiçoar "o estado do mundo"."O presidente do Brasil demonstrou verdadeiro comprometimento com todos os setores da sociedade, conseguindo integrar crescimento econômico e justiça social. O presidente Lula é um modelo a ser seguido pela liderança global", afirma Klaus Schwab, presidente-executivo do Fórum Econômico Mundial de Davos, na nota oficial.O prêmio é uma boa resposta do presidente brasileiro a seus mais contundentes críticos: enquanto a oposição brasileira se nega a reconhecer a eficiência nas medidas adotadas por seu governo e recrudesce nos ataques contra ele, mais um organismo internacional dá uma prova de que tem o presidente Lula, e o Brasil, como parceiros nos grandes debates e deliberações mundiais.
Fonte: Blog do Zé Dirceu

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Campanha da Dilma, no exterior...

Petistas divulgam candidatura de ministra em encontro no exterior
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Começa hoje encontro em Lisboa para traçar estratégia para angariar votosPetistas e simpatizantes do governo Lula residentes no exterior se encontram de hoje até domingo em Lisboa para traçar estratégias da campanha presidencial fora do Brasil.O 3º Encontro dos Petistas no Exterior reunirá cerca de 60 delegados de mais de 15 grupos de filiados no mundo.Nessa edição, além de discutir questões de interesse para os moradores no exterior, os participantes têm como principal meta planejar "a campanha Dilma 2010 no exterior". A abertura terá vídeos de boas-vindas do presidente Lula, de Dilma e do presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra.O núcleo anfitrião, o de Lisboa, é considerado "modelo": fundado há 17 anos, faz atividades todos os meses e chega a reunir mil pessoas em seus eventos. Além de filiados, os grupos atraem "simpatizantes" -brasileiros não petistas- e "amigos do PT" -estrangeiros com afinidade política.O núcleo português, que ajudou em quatro campanhas de Lula, de 1994 a 2006, já colocou em prática atividades para ajudar a eleger Dilma.Todas as semanas há panfletagens em frente ao consulado em Lisboa, local de grande concentração de brasileiros. Hoje eles distribuem panfletos para divulgar o encontro de petistas ou para estimular o recadastramento. Em julho, o tom partidário e eleitoral tomará conta do material."Nós trabalhamos temas de interesse do governo, como o recadastramento de eleitores", diz Manoel de Andrade, professor universitário que coordena o núcleo lisboeta e responsável pelos grupos europeus.Dos cerca de 3 milhões de brasileiros que vivem fora do país, menos de 200 mil estão aptos a votar. Para os petistas, sensibilizar o público sobre a importância de ir às urnas aumenta a chance de angariar votos. "O número de aptos a votar é irrisório se comparado ao de residentes no exterior", afirma Jean Tible, do núcleo de Paris.Residentes no exterior votam apenas para presidente da República. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançará uma campanha na TV para estimular o cadastramento, que deve ser feito até 5 de maio e é a exigência para votar fora do país.Os principais núcleos estão em Lisboa, Paris, Madri e Londres. Nos Estados Unidos, há forte atividade em Nova York e Boston. Segundo Andrade, há pelo menos 300 filiados ao PT fora do Brasil.Tible diz que as atividades dos núcleos se tornam pontos de encontro de brasileiros, muitos sem ligação partidária e que poderão votar em Dilma.Para ajudar a elegê-la, a estratégia será intensificar festas e corpo a corpo em áreas frequentadas por brasileiros.FSP
Postado por Jussara Seixas às Sexta-feira, Janeiro 22, 2010 0 comentários Links para esta postagem

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Recebo todo tipo de email, no entanto diante da crise decreto do 3º PNDH - na linha aprovada na Conferência Nacional, entre defensores dos Direitos Humanos, militares, ruralistas, rádio e televisão, não recebi qualquer convite para atos pró-Vannuchi . Vi e ouvi ruralista, ex-colaborador da ditadura, empresário tubarão dos meios de comunicação. A direita se levantou mesmo entre castanhas e vinhos das festas de fim de ano. Nós da esquerda combativa, perdemos mais este trem da história. Esta é a diferença de organização entre brasileiros e argentinos e chilenos. Enquanto os milhares de sindicalistas e lideranças populares daqui estão nas ´praias , merecidamente, a direita se articula. Em 2008, em Buenos Aires, pude assistir em pleno início de janeiro uma passeata de sem teto, liderada pelas Mães da Plaza de Mayo. Na referida Praça, funcionários dos hipódromos , equivalente aos nossos hípicos, estavam acampados. Em todo mundo, a mobilização faz a diferença.

FHC e o selo

Lula decidiu resgatar a memória dos ex- presidentes da República. Determinou que os Correios, emitissem selos com o retrato dos Presidentes da República do passado. O primeiro homenageado foi exatamente o último, ou seja, FHC, que governou o Brasil de 1995 a 2002.
Tudo pronto, selo pronto, Lula faz o lançamento do FHC, com a presença do homenageado e claque de apoio dos dois políticos. Uma série de 10 milhões de selos foi confeccionada com o valor mínimo de R$ 0,01 , ou seja um centavo de dólar, pois quanto menor o valor do selo ou da nota, maior a homenagem.
Após alguns meses, a direção dos Correios foi surpreendido com um grande encalhe dos selos com a figura do ex-presidente. Estudos realizados em todo país revelaram que o fato dos selos não terem sido usados pela população, foi a dificuldade em colá-los nos envelopes, pois a população sempre cuspia na foto e não na cola.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Lula x FHC

Lula x FHC: por que os tucanos evitam as comparações
Artigos Seg, 04 de Janeiro de 2010 17:17

Marcos Verlaine*

O ano de 2009 se foi. 2010 começa com muito otimismo e esperança de que o Brasil será melhor que nos anos anteriores. As eleições e a Copa do Mundo são os dois ingredientes que apimentarão este final de década do segundo milênio. Previsões de jornalistas escolhidos pelo diário britânico Financial Times dão conta que a seleção brasileira de futebol será campeã na África do Sul e que Dilma será vitoriosa na batalha à Presidência da República. Ótimas previsões!A disputa eleitoral ganhará nova dimensão quando os tucanos escolherem o contendor de Dilma, que tudo indica será o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).Nas eleições de 2010 haverá duas novidades. A primeira é o fato de Lula não ser candidato. A segunda é que pela primeira vez haverá duas candidatas - Dilma e Marina.Nessa edição do pleito presidencial mais uma vez tucanos e petistas polarizarão a disputa. Ainda que Ciro e Marina possam se apresentar para ocupar a cadeira do Palácio do Planalto, o jogo se concentrará entre a oposição demo-tucana capitaneada pelo PSDB, e os partidos aliados, tendo o PT à frente.Dois projetos estarão em jogo. Um conservador e elitista que levou o Brasil à bancarrota. Outro mudancista, que permitiu ao País trilhar novos caminhos, com a inclusão de grande massa do povo no processo produtivo.No debate será inevitável as comparações entre o atual governo e a era FHC. Mas será essa comparação que permitirá ao povo definir com mais clareza sua escolha. Se quer voltar ao passado ou se quer avançar rumo ao futuro.Para ficar mais fácil fazer essa escolha, basta comparar alguns dados. Em vinte itens, veja a situação do Brasil antes, com FHC e depois, com Lula. Nos tempos de FHC, o Risco Brasil estava em 2.700 pontos. Nos tempos de Lula, 200 pontos. O salário mínimo quando Lula assumiu a Presidência da República, em 2003, estava em 64 dólares. Agora, está entre 290 e 300 dólares. O dólar que valia R$ 3, agora vale R$ 1,78. FHC não pagou a dívida com o FMI. Lula pagou-a em dólar. A indústria naval, tão importante para o desenvolvimento do País, FHC não mexeu. Lula reconstruiu. FHC não construiu nenhuma nova universidade. Lula construiu dez novas universidades federais. Quanto às extensões universitárias, no governo do tucanato não houve nenhuma. No governo Lula foram 45. As escolas técnicas foram esquecidas na era FHC. Ele não construiu uma sequer. Lula construiu 214. No campo da economia, as reservas cambiais no governo FHC foram 185 bilhões de dólares negativos. No governo Lula, 239 bilhões de dólares positivos. O crédito para o povo/PIB no governo tucano foi de apenas 14%. No governo Lula, com as políticas anticíclicas, alcançou 34%. Em relação à infraestrutura, FHC não construiu nenhuma estrada de ferro. Pelo contrário, as privatizou. No governo Lula, três estão em andamento. Quando Lula assumiu o governo, 90% das estradas rodoviárias estavam danificadas. Agora, 70% estão recuperadas. No campo da indústria automobilística, na era FHC, 20% em baixa. Na era Lula, 30% em alta. Nos oito anos em que FHC presidiu o País, houve quatro crises internacionais, que arrasaram o Brasil. Na era Lula, foi enfrentada uma grande crise, que o Brasil superou em razão das reservas acumuladas e das políticas anticíclicas empreendidas pelo governo. O cambio no governo FH era fixo, e estourou o Tesouro Nacional. No governo Lula é flutuante, com ligeiras intervenções do Banco Central.A taxa de juros Selic atingiu na era FHC incríveis 27%. No governo Lula chegou ao seu menor percentual desde quando foi criada, em 1983, 8,5%.A mobilidade social no governo tucano foi de apenas 2 milhões de pessoas. No governo Lula, 23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza. FHC criou apenas 780 mil empregos em oito anos. Lula criou 12 milhões. O governo tucano nada investiu em infraestrutura. Com o PAC Lula pretende investir R$ 504 bilhões até 2010. Por fim, no mercado internacional, o Brasil, no governo FHC não teve crédito. No governo Lula, o País foi reconhecido como investment grade pelas três maiores agências de classificação de risco internacionais. Ou seja, deixamos de ser um país em que o capital externo só entrava para especular para ser um país de investimentos.
Estes dados não foram inventados por mim, muito menos por algum petista ou pelo governo. São da conceituada revista britânica The Economist. Estas são as comparações que os tucanos querem evitar a todo custo na peleja de 2010.

(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap

Lula o homem do ano

Telejornalismo: o presente de natal do "Jornal Nacional"
Publicado em 06-Jan-2010

Venício A. de Lima
Venício A. de Lima
Qualquer lista séria dos principais jornais do mundo incluirá o “Le Monde”. Fundado pelo General Charles de Gaulle (1890-1970), em dezembro de 1944, era parte do programa maior de libertação da França que se seguiu ao fim da ocupação nazista na Segunda Grande Guerra. Dirigido ao longo de 25 anos por um membro da Resistência e respeitado intelectual – Hubert Beuve-Méry (1902-1989) –, o Le Monde consolidou sua posição de “independência” com as denúncias de tortura perpetradas pelo exército francês na Argélia, convencendo seus leitores de que a guerra colonial “não era apenas uma questão política, mas era também moral”. Tornou-se, desde então, uma referência na e da França. Depois de 65 anos de existência, o Le Monde decidiu eleger, pela primeira vez, um personagem do ano em 2009. E essa escolha recaiu sobre o Presidente Lula. O tema mereceu capa no jornal francês na edição do dia 24 de dezembro, mais capa e longa matéria na sua revista semanal.O que é notícia?Serviria ao interesse público saber que um dos mais importantes jornais do mundo escolheu um presidente brasileiro – qualquer que seja o presidente brasileiro – como “Homem do Ano” e quais as razões que justificaram tal escolha? Constituiria esse fato uma “notícia” a ser divulgada no Brasil?Aparentemente, sim. O portal “G1” das Organizações Globo, por exemplo, postou matéria às 10:46h do dia 24 com o título “Le Monde” escolhe Lula como ‘homem do ano 2009".Vejamos qual foi o julgamento dos editores dos nossos principais telejornais sobre a “noticiabilidade” da escolha do Le Monde.

O Repórter Brasil Noite, da TV Brasil, deu chamada O jornal francês Le Monde elege o presidente Lula o homem do ano de 2009. É a primeira vez que o diário de Paris, com 65 anos de história, faz esse tipo de indicação.e nota com o seguinte texto:Pela primeira vez o Le Monde escolhe o homem do ano: Lula APRESENTADORA CARLA RAMOS: Pela primeira vez, em seus 65 anos, o jornal francês Le Monde escolheu a personalidade do ano e o eleito foi o presidente Lula. Segundo o jornal, um dos mais tradicionais da França, a escolha levou em conta a projeção internacional que o presidente Lula ganhou com as iniciativas de diálogo entre os países pobres e ricos. O jornal diz que Lula mudou a cara da América Latina e transformou o Brasil em uma potência. Mas o Le Monde lembrou que o Brasil ainda tem problemas estruturais na educação, casos de corrupção e uma Justiça preguiçosa.

O Jornal da Record não deu chamada, mas deu nota com o texto abaixo: Presidente Lula é eleito o homem do ano pelo Le Monde APRESENTADOR CELSO FREITAS: O presidente Lula foi eleito personalidade do ano pelo jornal francês Le Monde. É a primeira vez, em 65 anos de história, que o jornal elege uma personalidade. Em uma reportagem de quatro páginas com o título 'O homem do ano', a revista semanal do veículo destacou a preocupação de Lula com o desenvolvimento econômico do Brasil, além dos esforços do presidente na luta contra a desigualdade social e na defesa do meio ambiente.

O Jornal da BAND deu chamada , nota e comentário :Jornal da maior prestígio da França elege Lula homem do ano.Presidente Lula é escolhido pelo Le Monde o Homem do Ano APRESENTADOR RICARDO BOECHAT: O presidente Lula foi eleito pela segunda vez o homem do ano. Depois do jornal espanhol El País, agora o título veio do francês Le Monde. APRESENTADORA TICIANA VILLAS BOAS: É a primeira vez, em 65 anos de história do jornal, que o Le Monde faz esse tipo de indicação. A publicação justificou a escolha de Lula como o homem do ano por sua trajetória de antigo sindicalista por seu sucesso à frente de um país tão complexo como o Brasil, pela preocupação com o desenvolvimento econômico, com o combate à desigualdade e com a defesa do meio ambiente. No começo do mês, o presidente já havia recebido a mesma homenagem do jornal espanhol El País. Em um artigo escrito pelo primeiro-ministro, José Luis Zapatero, Lula foi chamado de homem que assombra o mundo. COMENTÁRIO DE JOELMIR BETING: Para o Le Monde, francês, Lula é o homem do ano. Agora, para a revista TIME americana, o cara do ano é Ben Bernanke, presidente do Banco Central dos Estados Unidos. Pararraios da crise global, ele usa e abusa. Para Lula, a crise não passou de 'marolinha', sua versão light aqui no Brasil. Para Bernanke, ela custou um desembolso em pronto-socorro, até agora, de US$ 2,7 trilhões, ou dois PIBs do Lula.

O SBT Brasil também deu chamada e nota : O presidente Lula é o homem do ano. É o que diz um dos jornais mais importantes do mundo. Le Monde elege Lula 'o homem do ano'APRESENTADOR CÉSAR FILHO: O presidente Lula ganhou o prêmio de 'homem do ano' de um dos jornais mais importantes do mundo: o Le Monde, da França. Pela primeira vez, em 65 anos, o Le Monde escolheu a personalidade mais importante do ano. Lula foi eleito pela trajetória singular à frente de um país tão complexo como o Brasil. Esta é a segunda homenagem a Lula na imprensa internacional só neste mês. No dia 11, ele entrou na lista das 100 personalidades mais importantes de 2009 feita pelo jornal espanhol El País. Em um artigo assinado pelo próprio primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, Lula foi classificado de 'homem que assombra o mundo'.

E o Jornal Nacional da Rede Globo, o telejornal de maior audiência do país, editado e apresentado pelo jornalista que, segundo pesquisa da Datafolha , é a personalidade que recebe da nossa população a segunda maior nota na escala de “confiabilidade” entre todos os brasileiros? Para o JN a escolha de um presidente brasileiro como “Homem do Ano” pelo Le Monde não é notícia. O assunto simplesmente não entrou na pauta do telejornal (cf. http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1425769-5602,00-LE+MONDE+ESCOLHE+LULA+COMO+HOMEM+DO+ANO.html).Direito à informação e censura Qual seria a justificativa editorial do JN para, ao contrário dos outros telejornais brasileiros, sonegar de seus muitos milhões de telespectadores essa informação? Seria pedagógico conhecer essas razões, já que o JN considera – e anuncia, inclusive, nas universidades brasileiras – que pratica o paradigma do “bom jornalismo”, a ser seguido por todos nós. Seria, sobretudo, pedagógico discutir o critério jornalístico do JN à luz do direito à informação do telespectador. Esse direito tem sido veementemente evocado e defendido, não pelo seu sujeito, o cidadão, mas por grupos de mídia concessionários do serviço público de radiodifusão na permanente e incansável campanha que movem contra as “ameaças” de censura advindas do que consideram um Estado autoritário, incluindo decisões judiciais.Seria a censura – partindo de onde? – uma possível justificativa para a omissão do JN, inexplicável do ponto de vista jornalístico?Até que as razões sejam tornadas públicas, o telespectador do JN terá que se contentar com esse “presente de Natal” às avessas, no 24 de dezembro de 2009: omitir e esconder uma informação à qual ele – o telespectador - tem direito.

Venício A. de Lima é jornalista e professor da UnB.

(artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa, n. 571)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Isto é uma vergonha !

Boris Casoy, o Filho da Puta
Boris Casoy, o Filho do Brasil

By Paulo Ghiraldelli
Uma parte da nossa esquerda política imagina que os ricos não são brasileiros. Pensam que eles ainda são os filhos de uma elite que estudou na Europa e que, se o Brasil for mal, irá embora daqui. Imagina que são pessoas completamente por fora da vida cotidiana do Brasil. Essa visão da esquerda pouco ajuda. Enquanto não entendermos que um homem de direita como Boris Casoy é tão “filho do Brasil” quanto Lula, não vamos descrever o Brasil de um modo útil para os nossos propósitos de melhorá-lo.Creio que o vídeo (aqui) que mostra Boris ridicularizando de maneira odiosa os garis, com o qual iniciamos o ano, deveria valer de uma vez por todas para compreendermos algo que, não raro, há vozes que querem negar: “o ódio de classe” permanece entre nós – sim, nós os brasileiros. Deveríamos levar em conta isso, sem medo, ao descrever o Brasil.Quando Ciro Gomes, ao comentar algumas reações às políticas sociais, então vindas de determinados grupos da imprensa, disse que tal coisa era obra “da elite branca”, a reação da direita foi imediata. Um dos elementos mais à direita que temos na imprensa brasileira, Reinaldo de Azevedo, saiu rasgando o verbo. Primeiro, elogiou Patrícia Pillar, atriz mulher de Ciro, para não criar desafetos, e em seguida tratou o político como um bobalhão que teria falado de algo que não existe no Brasil. Ciro teria bebido demais em algum rortianismo, lá nos Estados Unidos, quando então fez curso arrumado por Mangabeira Unger. Voltando de lá mais à esquerda do que foi, estaria inventando divisões que aqui não existiriam. Reinaldo não é um jornalista sofisticado para escrever isso, mas o que disse, no meio de sua pouca cultura, queria transmitir essa idéia.Mas quando ouvimos o que um Boris Casoy diz por detrás das câmeras, não temos como não admitir que Ciro está certo: existe uma “elite branca” no Brasil que sente profundo desprezo para com tudo que é do âmbito popular. Pode ser que vários membros dessa “elite branca” não sejam tão cruéis quanto Casoy. Pode ser, mesmo, que vários dos ricos que estão nessa “elite branca” se sintam desconfortáveis, perante os preceitos cristãos de humildade que dizem adotar, quando escutam isso que ouvimos de Boris Casoy. Todavia, o que Casoy falou é o que se pode ouvir, entre um uísque e outro, nas festas antes organizadas pelo empresariado que amava da Ditadura Militar, e que hoje é feita para angariar fundos para o PSDB, o partido que havia nascido com o propósito de não ser a direita política, mas que, agora, assume esse papel.Não quero de modo algum, com esse artigo, provocar aqueles que, sempre pensando só de modo dual, logo dirão: “ah, mas a esquerda é blá, blá, blá”. Sou um homem de esquerda. Minha condição de filósofo me dá alguns instrumentos para analisar de onde venho. Podem ficar tranqüilos. Aliás, sou uma pessoa que adora a frase de Fernando Henrique Cardoso, quando ele disse, se referindo a ele mesmo por conta de acreditar que sua política econômica, ela própria, já era política social: “não é necessário ser burro para ser de esquerda”. Mas aqui, não quero falar da esquerda. Quero mostrar que gente como Boris Casoy não caiu no Brasil vindo de Plutão. Muito menos estudou na Europa. Gente como Boris Casoy estava no Mackenzie, fazendo curso superior, mais ou menos no tempo em que Lula deveria estar vendendo limão na rua. Isso não transforma o Lula em um bom homem e o Boris em um perverso. Mas isso dá, claramente, razão a Ciro Gomes: há sim uma “elite branca” que não respeita garis, que não os acham gente, e que transferem esse ódio ao Lula, principalmente quando olham para ele e o vêem sendo abraçado por um Sarkozi, na capa do Le Monde.Sarkozi é o presidente da França. E não é de esquerda. Eis então que toda a direita no Brasil comemorou sua eleição. Todavia, Sarkozi aparece abraçado com Lula, sem o preconceito de classe que vários dos próprios brasileiros ainda possuem contra Lula, então, esse fato Lula-Sarkozi, deixa essa “elite branca” despeitada. Ela se pergunta, raivosa: “por que não FHC ou Serra?” Por que aquele “analfabeto”, por que ele, aquele … “gari”? Sim, a fala de Boris é o equivalente dessas frases que eram, até pouco tempo, restritas aos círculos da Ana Maria Braga, Regina Duarte, José Neumanne Pinto e Danusa Leão. Foram esses círculos que fingiram se espantar com o relato de César Benjamim, sobre Lula na prisão. (a história de que Lula teria tentado comer um garoto lá). Fingiram, sim, pois já haviam escutado isso em festinhas e riam disso, tratavam de fazer correr a fofoca, sendo ela verdadeira ou não.Caso queiramos melhorar o Brasil, vamos ter de ver que os brasileiros – muitos – pensam como Boris Casoy. E atenção nisso: não vamos culpá-lo pelos seus cabelos brancos não! Mainardi, na Globo, ainda não tem cabelos brancos e pensa a mesma coisa. Na Band, vocês já viram o tipo de preconceito de classe contra pobres que aparece no CQC? Já viram o menino Danilo Gentili insultando os pobres, jogando comida para eles? Não? Pois saibam que isso ocorreu sim! Esse tipo de humor é necessário?Estamos há duas décadas da “piada” de Chico Anísio contra Lula, dizendo que se Marisa fosse a primeira dama e fosse morar no Planalto, ficaria esgotada ao ver quantas janelas de vidro teria de limpar. Naquela época, a Globo fez Chico Anísio pedir desculpas em artigo na imprensa. E ele pediu! De lá para cá, o que mudou na TV brasileira? Ora, o vídeo de Boris Casoy nos diz que pouca coisa mudou. Que ainda precisamos de muito para evoluirmos. Temos uma longa caminhada pela frente no sentido de educar aquele brasileiro que não consegue entender que o dia que um lixeiro parar, ele, o rico, vai ver todas as moscas botarem ovos no seu ânus, e quando ele acordar, ele terá sido devorado em vida pelos vermes. Estamos ainda precisando de uma forte pedagogia que entre nas escolas de modo a evitar que os brasileiros do futuro sejam os Casoys da vida.As pessoas podem ser de direita, isso não deveria implicar em perder a capacidade de ver na condição social de concidadãos algo que não os desmerece (o bom exemplo não é, enfim, o próprio Sarkozi?). No Brasil, no entanto, a direita política não consegue apresentar um comportamento de brasileiros que gostaríamos que todos nós fôssemos, ou seja, pessoas capazes de ver em cada outro que lhe presta um serviço um homem digno.Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo.
Fonte:
Brasil Que Eu Quero

O mais confiável

Lula aparece em pesquisa como o mais confiável dos brasileiros
A imagem de Lula transmite confiança
O brasileiro com maior índice de credibilidade no país é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele está no topo de um ranking estipulado pela empresa de pesquisas Datafolha em 27 personalidades conhecidas do público. O último colocado é o ex-presidente Fernando Collor de Mello, seguido de perto pelo ex-colega Fernando Henrique Cardoso.
A pesquisa, apresentada em reportagem do diário paulistano Folha de S. Paulo, traz o apresentador do Jornal Nacional, telejornal da TV Globo, William Bonner, em segundo lugar, seguido do padre católico Marcelo Rossi e de cantores como Roberto Carlos e Chico Buarque.
Os pesquisadores entrevistaram 11.258 pessoas, entre 14 e 18 de dezembro, e cada um classificou com notas de 0 (menos confiável) a 10 (mais confiável) as personalidades apresentadas. Lula lidera a lista, com nota média de 7,9. Além disso, 39% dos brasileiros deram nota 10 ao presidente, contra 4% que lhe deram 0. "Lula é mais admirado no Nordeste, com nota média de 8,74, contra 7,14 no Sul e 7,57 no Sudeste", diz a reportagem.
O presidente, entre os mais escolarizados e os mais ricos, aparece em quinto lugar, enquanto o cantor Chico Buarque lidera esse segmento da população, seguido por William Bonner, Caetano Veloso e Roberto Carlos