sexta-feira, 27 de maio de 2011

Efeito Orloff

No último domingo, 22, uma avalanche passou por cima do PSOE (Partido Socialista Espanhol). Se no passado o PSOE foi beneficiado pelo atentado de 2004 nos trens de Madri, a taxa atual de desemprego em torno de 25% sendo que destes mais de 40 % são jovens até os 26 anos, é neste momento a catástrofe anunciada. Os socialistas espanhóis estão distante do povo mais sofrido, e não tem respostas para grande parte do povo espanhol que acreditou nos ideais socialistas.

Faço este comentário pois vejo semelhanças entre a situação espanhola e brasileira. Se no Brasil não vivemos a situação de crise econômica como na Itália , Portugal, Grécia e Espanha, as soluções para o povo das nossas periferias está muito demorada.

Nós governamos os recursos federais, que são repassados aos governos estaduais e municipais. O nível de comprometimento destas forças políticas com os nossos ideais é próximo de zero. Temos neste momento a discussão sobre o Código Florestal, o transporte no estado do Rio, as habitações na cidade do Rio de janeiro e Niterói, com ênfase na questão das invasões em Campo

Grande quando tivemos que acionar a Polícia Federal.

Distanciado das bases, podemos sofrer uma “tsunami”igual ao do PSOE”. Temos que reformular as nossas práticas e toda a estrutura de comunicação do PT com a base.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Código Florestal

Alguns deputados do PT, cedendo às pressões da mídia e de grupos de opinião, deram uma de bom moço, e votaram contra a proposta do nosso partido e da Presidenta. Neste momento, divulgam listas de quem votou sim e quem votou não.
Não aceito este tipo de patrulhamento irresponsável. Quem votou sim, votou a proposta do PT. O partido, no caso o PT e sua Presidenta tem uma posição bem clara e neste caso bem discutida. Fazer joguinho para mídia e para os coleguinhas do mandato e da corrente é puro mal caratismo. A nossa Presidenta já afirmou que vai vetar os artigos deste código que signifiquem a derrota do meio ambiente. Não gosto de deputado valume, que no bônus está com o governo, no ônus pula fora.
O PT não é uma "franching", onde cada um pega o seu mandato e saí por aí fazendo os seus acordos. O PT é a maior ferramenta para a defesa do trabalhador brasileiro e o maior partido da América Latina, não à moda "Francenildo Pereira", pois o é no voto, conquistado um a um nas ruas, do nosso povo, da classe trabalhadora deste país.
NÃO FUNDAMOS ESTE PARTIDO , PARA FAZER POLITICAGEM E ARRUMAÇÃO. QUEM NÃO ESTIVER CONFORTÁVEL, VÁ PARA JUNTO DOS EX-COMPANHEIROS DO PSOL, PSTU, PPS. CHEGA DE OPORTUNISMO. BASTA !

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O BANQUEIRO





Certa tarde, um famoso banqueiro ia para casa em sua "limusine" quando viu dois homens à beira da estrada, comendo grama.
Ordenou ao seu motorista que parasse e, saindo, perguntou a um deles:
- Porque vocês estão comendo grama?
- Não temos dinheiro para comida.. - disse o pobre homem - Por isso temos que comer grama.
- Bem, então venham à minha casa e eu lhes darei de comer - disse o banqueiro.
- Obrigado, mas tenho mulher e dois filhos comigo. Estão ali, debaixo daquela árvore.
- Que venham também - disse novamente o banqueiro. E, voltando- se para o outro homem, disse-lhe:
- Você também pode vir.
O homem, com uma voz muito sumida disse:
- Mas, senhor, eu também tenho esposa e seis filhos comigo!
- Pois que venham também. - respondeu o banqueiro.E entraram todos no enorme e luxuoso carro.
Uma vez a caminho, um dos homens olhou timidamente o banqueiro e disse:
- O senhor é muito bom.. Obrigado por nos levar a todos!
O banqueiro respondeu:
- Meu caro, não tenha vergonha, fico muito feliz por fazê-lo! Vocês vão ficar encantados com a minha casa... A grama está com mais de 20 centímetros de altura!

...
Quando você achar que um banqueiro (ou banco) está lhe ajudando, não se iluda, pense mais um pouco antes de aceitar qualquer acordo...
(É por isso que toda vez que um Banco me liga oferecendo isto ou aquilo, a minha resposta é sempre a mesma: Se isso fosse realmente bom pra mim, vocês não estariam me oferecendo...). Fonte : Ricardo Sá.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Futuro Faquir !

Estamos na batalha para perder peso. Mesta colocada pela minha nutricionista , 10 k.
Estamos dsta forma , realizando todos os exercícios possiveis. Aqui algumas dicas publicadas na Revista Saúde:



Família

Perca peso todo dia
Entenda como pequenas mudanças de hábitos diários podem ajudar você e toda a família a emagrecer, combater o ócio e, de quebra, prevenir as doenças cardiovasculares

por Ivan Alves

A manufatura da roda revolucionou a vida do ser humano. A criação da circunferência tinha um princípio básico: reduzir a quantidade de esforço empregado pelo homem em algumas das atividades diárias. Desde então tem sido assim: século após século, a rotina é transformada por inventos que facilitam todo tipo de tarefa, seja no preparo de um café da manhã ou em uma operação bancária entre contas de diferentes continentes.

Tanta facilidade, no entanto, pode ter reflexos negativos no organismo. Em uma era onde tudo é remoto ou automático, a mobilidade do homem é pouco ou nada exigida. A medicina declara o sedentarismo como um dos principais inimigos da saúde. O movimento é um mecanismo que desencadeia uma série de reações no organismo, essenciais para que o corpo funcione corretamente. Além disso, são poucos os que têm uma dieta regrada. O excesso de calorias consumidas, combinado com a estagnação física, resulta no ganho de peso, catalisador de muitos malefícios ao nosso bem-estar.

"Ser saudável é uma combinação de nutrição equilibrada, movimentação física e uma boa noite de sono", ensina Páblius Staduto Braga da Silva, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho. A importância das atividades físicas não é novidade para nenhum leigo. O problema é que poucos podem ou estão dispostos a dedicar algumas horas do dia para os exercícios.

ABAIXO O SEDENTARISMO

De acordo com José Kawazoe Lazzoli, especialista em Cardiologia e em Medicina do Esporte e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), essas mudanças de atitude compõem um conceito que surgiu na década de 1980, a partir de estudos epidemiológicos que mostraram a redução da taxa de mortalidade geral e cardiovascular associada a um maior gasto energético. "Esse conceito é denominado lifestyle exercise, ou seja, o exercício como um estilo de vida. Baseia-se na noção de que é necessário acumular gasto energético e que esse acúmulo pode ocorrer ao longo do dia".

Segundo Páblius da Silva, qualquer mudança de hábito que faça um indivíduo se movimentar mais será benéfica. Uma pessoa adulta com cerca de 70 kg de peso pode consumir de 1.500 a 2.000 calorias por dia. Esse valor varia individualmente, determinado por características físicas e metabólicas. A equação, então, é simples: quem consome mais energia do que gasta, ganha peso. Outro fator envolvido nessa conta se refere justamente às atividades manuais que realizamos. "Elas que estimulam a queima de calorias", ensina Silva. Por isso, mesmo os movimentos mais simples, como levantar-se para trocar de canal, ajudam no combate ao sedentarismo.

Um estudo de 1986, envolvendo quase 17 mil ex-alunos da Universidade de Harvard, nos EUA, comprovou que um gasto energético semanal igual ou superior a 2.000 kcal estava associado à redução do risco de mortalidade geral e por motivos cardiovasculares. Outra pesquisa da mesma instituição, essa de 1993, mostrou uma taxa 22% menor de mortalidade geral em indivíduos que caminhavam pelo menos nove milhas (14,48 km) por semana, quando comparados aos que percorriam menos de três milhas (4,82 km) por semana. O artigo mostrou, ainda, que pessoas que subiam mais de 55 lances (com 10 degraus) de escadas em sete dias apresentaram mortalidade geral 33% inferior em relação àquelas que enfrentavam menos de 20 lances de escada no mesmo período.

É HORA DE MUDAR

Cada pessoa que opta por mudanças pequenas deve respeitar suas características físicas. "Em primeiro lugar, ela deve se sentir bem, sem cansaço excessivo, até que seu corpo se adapte a essa carga. Depois de algum tempo, o praticante terá mais facilidade para realizar essa atividade e, se quiser, poderá aumentar a intensidade ou a frequência. Uma pessoa pouco acostumada aos exercícios, mas que decide usar a escada para subir andares de um prédio, pode percorrer parte do percurso a pé e o restante pelo elevador", aconselha Silva.

Lição assimilada, pense no seu dia e por onde começar. Tudo é estratégia. Veja os benefícios de cada atividade e elabore seu plano para vencer a luta contra a balança.

<

Ilustração Cecília Andrade

Cozinhar
88 kcal em 30 minutos*

Use a força motora para preparar suas deliciosas receitas. Deixa a batedeira de lado no preparo de um bolo e esqueça o espremedor, use a mão para preparar o suco de laranja de manhã. Crie uma regra na cozinha: nada de eletrônicos no preparo de alimentos. O tempo ideal para esta atividade é de 30 minutos.
Kcal/min = 3

Caminhar moderadamente
131 kcal em 30 minutos*

O carro sempre deve ser considerado um artigo de luxo, utilizado apenas para percorrer grandes distâncias. Caminhe sempre que possível. Vale ir a pé à padaria ou até mesmo descer do ônibus alguns pontos antes do real destino. A distância ideal por dia (somada ida e volta) é de 2,5 km, a uma velocidade de 5 km/h. Caso seu destino fique mais próximo, faça um caminho mais longo ou dê voltas a mais no quarteirão para chegar ao local.
Kcal/min = 4

Ilustração Cecília Andrade

Pedalar
50 kcal em 10 min*

Outro caso em que o veículo automotor deve ser preterido. Na bicicleta são trabalhados os músculos dos membros inferiores e superiores. Pedalar 3 km por dia, a 20 km/h, atinge a meta diária, mas se puder, estique o tempo de atividade. Use-a sempre que possível. Há até quem use a magrela para ir ao trabalho todos os dias. Esses têm inúmeros benefícios.
Kcal/min = 5

Aposente o controle remoto
2 kcal por minuto*

Levantar-se para trocar de canal não queima uma quantidade significativa de energia, mas certamente ajudará a manter o sedentarismo longe de você. As pessoas, geralmente, se encorajam a fazer outra atividade uma vez que abandonam a posição confortável que o sofá oferece.

Cuidar do jardim
420 kcal em 1 hora*

Escavar, carregar terra, cortar madeira, podar e semear. Cada uma dessas tarefas de jardinagem tem a taxa de gasto calórico semelhante. Manter plantas e flores sempre bonitas envolve um combinado de movimentos potentes para queimar energia, recurso ideal para aqueles que querem perder peso e têm paixão por essa atividade.
Kcal/min = 5 a 7

Ilustração Cecília Andrade

Subir escada
50 kcal por dia*

Abandone o elevador e vá de escada. Se você trabalha ou mora no sexto andar, por exemplo, que tal sair do elevador alguns andares antes, somando 15 degraus por dia? Essa mudança representa 5 minutos diários subindo escadas, com um gasto de até 50 kcal. Porém, os benefícios começam a partir de 10 minutos diários, ou 30 andares.
Kcal/min = 10

Descer escada
37,5 kcal por dia*

A dica é semelhante para quem vai do térreo para cima, mas, por exigir menos esforço, o gasto energético é menor. Você pode, então, adotar uma estratégia diferente para queimar mais calorias. Para atingir 5 minutos de atividade, você deve descer, em média, cerca de 20 andares por dia.
Kcal/min = 4~

<

Voltar a pé do supermercado
47 kcal em 10 min na volta*

Nesse caso, além do benefício da caminhada, o percurso de volta terá um consumo de calorias levemente maior, motivado pelo peso extra das sacolas (carregando 11,25 kg). Por isso, programe-se para ir mais vezes ao estabelecimento. Só não exagere nos quilos das embalagens para não ter dores nos ombros ou na coluna.
Kcal/min = 5

Ilustração Cecília Andrade

Beber água
4 kcal por minuto*

Em vez de encher uma garrafinha de água, tome um copo por vez, medida que o obrigará ir mais até o bebedouro? Os efeitos começam partir de 10 minutos de atividade, mas este é mais um recurso contra o sedentarismo.

Ilustração Cecília Andrade

Dançar
105 kcal em 30 minutos*

Jazz, samba, rock, salsa, reggae... não importa: na balada ou em casa, dançar é um dos melhores recursos para queimar calorias com mais intensidade. Além de ser extremamente prazeroso, você ainda pode contar com companhia para perder peso.
Kcal/min = 4

Ilustração Cecília Andrade

Limpar o chão
58 kcal em 15 minutos*

Vale esfregar, varrer ou passar o aspirador de pó. Lembre-se que um chão brilhante significa muitas calorias a menos.
Kcal/min = 4

Lavar a louça
58 kcal em 20 minutos*

Se você não preparou a refeição, nada de ir para o sofá assistir novela ou futebol.
Kcal/min = 3

UM DIA DEPOIS...


Se você está dentro do perfil de cálculo (adulto com 75 kg) e optar em subir e descer escadas, ir a pé à padaria, preparar o jantar sem uso de eletrônicos, brincar com seu filho, passear com o cachorro, lavar a louça (ou varrer a casa) e cuidar do jardim no seu dia, você terá queimado mais de 1.000 kcal somente com essas atividades.*

* O gasto calórico representa 1 hora da atividade.

COMO GASTAR AINDA MAIS CALORIAS

Para quem quer entrar em forma com mais rapidez, a recomendação é conciliar as pequenas mudanças de hábitos com os exercícios tradicionais, aeróbicos e de musculação. "Essas atividades físicas aumentam o gasto energético", fala José Kawazoe Lazzoli.

* As taxas de queima de calorias descritas na matéria são variáveis. O cálculo foi feito com base em um indivíduo adulto com peso de 75 kg, sob condições de esforço moderado. Quanto maior a exigência física para realizar a atividade, como caminhar em ladeiras, por exemplo, maior será o gasto calórico. Consultoria: Páblius Staduto Braga da Silva, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho, em SP.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Partidos de Massas e de Quadros


Todo mundo sabe que nunca houve, em nossa história, um partido como o PT. Isso quer dizer que nunca haverá outro igual?

É certo que, idêntico a ele, não teremos nenhum, pois as condições de seu surgimento e consolidação foram únicas e não se repetirão. Como ensinavam os clássicos, os fatos históricos, quando acontecem pela segunda vez, tornam-se farsa.

Daí não se deduz, no entanto, que partidos políticos com alguma semelhança com o PT sejam impossíveis no Brasil. Porque teriam que ser?

É tradicional, na ciência política, a distinção entre partidos “de quadros” e “de massas”, defendida, no início dos anos 1950, por Maurice Duverger. Embora longe de ser exaustiva, é uma classificação que ajuda a entender os tipos mais relevantes de partidos que existem nas democracias.

Para ele, os partidos de quadros apareceram antes. Formaram-se a partir da reunião de pessoas ilustres, que compartilhavam opiniões e se dispunham a atuar em conjunto na vida política. Enquanto as instituições democráticas modernas, como o sufrágio universal, ainda engatinhavam, eles articulavam individualidades, mas de forma tênue. Sua organização era incipiente, cobravam pouco em termos disciplinares e não eram homogêneos na ideologia.

Caracteristicamente, valorizavam a qualidade e não a quantidade de afiliados. O típico partido de quadros decidia “en petit comité”, em volta de uma mesa (de preferência tomando um bom vinho), deliberando com calma, sem a presença perturbadora das multidões. Neles, “militantes” são figuras retóricas.

Os partidos liberais e conservadores, mundo afora, costumam ser desse tipo. Sua burocracia é irrelevante e serve apenas para assessorar os notáveis. Não existe uma “máquina partidária” que faça exigências.

Partidos de massa, para Duverger, vieram mais tarde, especialmente a partir da expansão do sindicalismo, fenômeno característico do fim do século XIX. Eles nasceram quando grandes contingentes da população perceberam que só conseguiriam atingir metas comuns e alcançar reivindicações através da participação política estruturada. Cresceram com a força da militância.

Seu próprio tamanho fez com que tivessem que ser mais organizados, disciplinados e coesos. Pelas mesmas razões, precisavam de burocracias internas, para fazer funcionar a “máquina” e se dedicar às tarefas de proselitismo e recrutamento de filiados. O tamanho não era tudo, mas era essencial. Tomavam suas decisões em convenções, onde as maiorias tinham que ser (às vezes duramente) construídas.

Não é difícil reconhecer nossos partidos atuais nesses tipos. Na verdade, salvo exceções menores (de partidos que pretendiam ser de massas e que sequer chegaram a ser de quadros, como a quase totalidade dos “nanicos”), o que temos é uma ampla oferta de organizações partidárias de notáveis (ou pseudo-notáveis) e uma só de massas.

Curiosamente, os primeiros estão em dificuldades (salvo os poucos onde o sistema político enxerga haver lideranças emergentes significativas, como o PSB de Eduardo Campos) e o único partido de massas vai bem. Depois de fazer três presidentes, crescer no Legislativo e mostrar que tem cacife para ficar mais tempo no poder, o PT esbanja saúde aos 30 anos.

Ser um partido de massas, em sentido muito próximo do literal, pode não ser a única razão de seu sucesso. Mas o completo desenraizamento dos partidos da oposição, a começar pelo PSDB, é, com certeza, uma das causas de suas dificuldades.

O que fizeram tucanos e companheiros nos últimos 8 anos para mudar a situação? O que tinham feito nos 8 em que foram governo? O que estão fazendo agora? Muita coisa pode ter lhes faltado, mas não o tempo. Nos mesmos 20 anos, o PT virou um partido grande e, para muitas pessoas, um grande partido.

Hoje, na oposição, as discussões são travadas entre opiniões pessoais, na base do “eu acho isso” e “eu acho aquilo”. É assim que encontrarão o Brasil sem voz, que Fernando Henrique quer representar? É possível que o PSDB nunca venha a ser um legítimo partido de massas, mas está na hora de deixar de ser de um partido de quadros tão limitado.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ipea: Brasil tem menos funcionários públicos do que os Estados Unidos





BRASÍLIA - Ao contrário do que se imagina, o número de servidores públicos no Brasil não é tão alto em comparação a outros países. Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil tem menos servidores como proporção do total de trabalhadores ocupados que todos os parceiros do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Austrália, Dinamarca, Finlândia e Suécia.

"Mesmo nos Estados Unidos, a mais importante economia capitalista, caracterizada pelo seu caráter "privatista" e pelo seu elevado contingente de postos de trabalho no setor privado, o peso do emprego público chega a 15% dos ocupados", aponta o estudo Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e Evolução Recente.

O Brasil tinha em 2005 um total de 10,7% de seus trabalhadores ocupados no setor público. Em 1995, esse percentual era de 11,3%. O Canadá tem um índice de 16,3%, e a Austrália, de 14,4%. O país com maior proporção de funcionários públicos é a Dinamarca: 39,2%,

Segundo o Ipea, não há razão para se afirmar que o Estado brasileiro seja "inchado" por um suposto excesso de funcionários públicos. A pesquisa revela que o atual contexto de crise, em especial, é justamente o momento para se discutir o papel que pode assumir o emprego público na sociedade brasileira.

O estudo conclui que existe espaço para a criação de ocupações emergenciais no setor público brasileiro, especialmente nas áreas mais afetadas pelo desemprego, ou seja, o emprego público - mesmo que em atividades temporária.

De acordo com o estudo, o Brasil possui aproximadamente 189 milhões de habitantes. No período de 2003 a 2007, foram registrados mais de 10 milhões de pessoas inseridas no serviço público, o que representa um crescimento de 3,63% no setor. Do total, cerca de 4 milhões de servidores se concentram na região Sudeste.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Visitas aos presos

Esta é uma antiga reportagem sobre visitas aos presos , publicado pelo Diário do Nordeste

Filhos e maridos presos impõem uma rotina de humilhação e cansaço àqueles que não os abandonam
FOTO: THIAGO GASPAR

Sem direito a um local adequado para matar a saudade dos familiares, mulheres são humilhadas nas filas

O preceito bíblico que recomenda visitar os encarcerados é seguido ao pé da letra pelas mães e mulheres dos 14.500 detentos que formam a população carcerária do Ceará. Nos dias de visita, quartas-feiras e domingos, a movimentação no entorno das prisões, que se encontram superlotadas, começa logo cedo. Alguns dormem no local, em alpendres de alvenaria coberto de telhas, que ficam na parte externa dos presídios e das cadeias.

Nos presídios masculinos, a movimentação é maior do que no feminino. Companheiras, mães, jovens, idosas e grávidas, trocam o domingo de lazer para visitar filhos, maridos, sobrinhos ou um amigo. Guardas que fazem a segurança, garantem que garotas de programa também aproveitam para arriscar uma paquera. Muitas mulheres chegam de madrugada ou no dia anterior, na tentativa de garantir ficar o mais tempo possível com o detento.

As filas são enormes. "Tem entre 600 e 700 pessoas", arbitra um dos seguranças da Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL-I), em Itaitinga, localizada próxima ao Instituto Professor Paulo Olavo Oliveira (IPPOO-II), onde outro grupo de mulheres, bem menor do que na CPPL-I, espera na fila a hora de entrar. Do lado de fora, outra movimentação. Desta vez, comerciantes que vendem refrigerantes e bolachas, principais produtos levados pelas famílias aos detentos.

As duas unidades oferecem espaços para abrigar os familiares que pernoitam naqueles locais. Somente as mulheres podem entrar nos presídios todos os domingos e quarta-feiras. A visita dos homens é permitida no primeiro sábado de cada mês, e, as crianças, no primeiro domingo do mês. A lei é rígida. Quem entra não pode mais sair.

Sob sol forte, mulheres se aglomeram, entre sacolas, esperando pelo momento de entrarem e serem revistadas. Elas não gostam da revista e nem da forma como são tratadas pelos agentes. Tudo que tem na sacola é minuciosamente vistoriado, assim como os seus próprios corpos. Aliás, a vistoria é considerada "humilhante" pelas mulheres.

Elas reclamam, ainda, da demora na fila e da falta de respeito. "Se a gente responder, a visita é suspensa", reclama M. L.R, 41 anos, do Bom Jardim. Um dos principais temores das mulheres é a identificação. "A gente nunca sabe, pode prejudicar eles", teme. O drama de M.L.R. é duplo. "Chego no sábado à noite porque faço duas visitas", diz, explicando que há um ano o marido está preso, depois, foi o filho, há oito meses detido. "A humilhação é grande na hora da vistoria. A gente fica nua do jeito que veio ao mundo, depois, olham as nossas partes. A gente suporta porque é o jeito".

O que se percebe é que o silêncio passa a ser um dos principais códigos nas instituições prisionais, onde a palavra de ordem, quer de quem está dentro ou mantém alguma relação com o local, é calar. Paradoxalmente, o silêncio passa a ser uma forma de comunicação ou uma linguagem. Assim, é possível manter "a política da boa vizinhança", como garante.

"O melhor é ouvir tudo calada. Se falar, a visita é suspensa. Quem quer ter prejuízo?", Indaga. Os prejuízos seriam afetivos e financeiros, uma vez que não veria o filho ou o marido. "Seria dinheiro gasto em vão", argumenta, afirmando que quem não dispõe de, no mínimo, R$ 20,00, nem pode pensar em visitar um detento. "Mas muitas vezes, a gente está estressada e responde", confessa Ana, 30 anos, residente no Jangurussu.

O tempo da visita é considerado curto. "Deixam a gente entrar às 2h ou mais (14) e quando dá quatro horas a gente tem que sair, se não, perde a próxima visita. Quem quer arriscar?, diz Valdiana, 18 anos, visita o marido de 27 anos e garante: "É muito humilhante a revista. Não é porque a gente tem marido presidiário que não merece ser respeitada", desabafa, explicando que "eles já estão pagando pelo que fizeram".

Organizar a fila

O sol é forte. Por volta das 10h, o movimento é intenso e as mulheres vão perdendo a paciência com uma espera que, para algumas, começou no dia anterior. Na CPPL -I, são formadas quatro fileiras de mulheres entre idosas, grávidas, portando sacolas e aquelas que não levam nada. De vez em quando, o segurança grita: "pode entrar mais cinco".

A correria é grande, mas logo vem a repreensão: "Vamos organizar a fila. Se correr, vai voltar", ameaça o segurança que, naquele momento, é a autoridade maior do local, cabendo a ele permitir ou não a entrada daquelas mulheres, muitas, na fila desde o dia anterior.

Difícil é distinguir o sentimento de cada uma das mulheres, naquele momento. É um misto de alegria, desejo, tristeza, saudade e resignação. São mães, namoradas, esposas, provando que a mulher não abandona os companheiros ou os filhos. No presídio Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, o movimento é bem menor.

Fique por Dentro
Visitas virtuais

André Luiz Cunha, diretor de Políticas do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, considera as visitas aos presos de "extrema necessidade" e fazem parte do o processo de ressocialização. "Não fomos feitos para estar presos. É a negação da natureza humana". Com relação às visitas íntimas, em muitas partes do mundo, elas não existem. No Brasil, a orientação sexual do detento deve ser respeitada. "O homem abandona a mulher quando ela é presa", revela, considerando a visita íntima "pertinente e necessária", mas que e deve ser concedida mediante regras claras.

Uma demonstração de que as visitas são fundamentais para a manutenção dos laços sociais entre os presidiários e seus familiares, é a utilização das visitas virtuais, nos presídios federais. O objetivo é possibilitar a aproximação entre os familiares que tenham parentes presos que morem em outros estados e não tenham condições de deslocamento. "Hoje a visita virtual é uma realidade nos presídios federais", diz, explicando que são utilizados recursos de som e imagem através da internet.

Os recursos tecnológicos servem para suprir, um pouco, a saudade, amenizando o distanciamento. "Elas são positivas", analisa. As visitas nos presídios federais são regulamentadas por normas da Portaria do Depen Nº 122, de 19 de setembro de 2007. A garantia para as visitas íntimas nos estes estabelecimentos está prevista na portaria nº 1.190, de 19 de junho de 2008.

"A gente se conheceu na Delegacia de Capturas"

Alto, corpo bem definido, pele branca, tatuagem discreta no braço, sempre com um sorriso no rosto e desembaraçado. Nem mesmo quando o assunto é afetividade, Esoj, 23 anos, largou os estudos no 8º ano do Ensino Fundamental, pai de uma filha de seis anos, demonstra timidez. Discurso bem articulado, fala da relação com a namorada Sophia, 32 anos, mãe de uma menina de nove, com quem vai se casar, no presídio. "Pedi ela em casamento e ela aceitou", diz com a segurança que só os apaixonados conhecem tão bem.

O jovem, que se encontra há nove meses no IPPOO-II cumprindo penas de seis anos, por assalto, define a relação como de "amor à primeira vista". E conta como foi o primeiro encontro: "A gente se conheceu na Delegacia de Capturas onde ela estava presa também". Lembra que os dois conversavam muito e descobriram várias afinidades. "Depois... nós ficamos... Acredito que está dando certo porque estamos até hoje. Acho que a gente se ama", reitera. O começo da relação foi difícil, apontando a falta de contato como o principal problema. Mesmo estando separados por poucos metros, passaram um mês sem ter nenhum contato.

"Senti muita saudade e cheguei a enviar uma carta para o presídio feminino", conta o rapaz. Antes de fazer o cadastro comprovando união estável, os encontros entre detentos não são possíveis. Agora, podem se encontrar, quinzenalmente, e não se comunicam mais através de cartas ou uma visita rápida no presídio.

A amada vai ao encontro do jovem que considera a visita, "o melhor momento" na vida de um presidiário. Apesar das limitações do ambiente carcerário, o jovem garante "há um respeito muito grande por parte dos companheiros. É sagrado. Ninguém olha para a mulher do outro. Se olhar, tem confusão". O ciúme é inevitável, assim como a troca de parceiros. "Fiquei duas vezes com uma garota, a minha namorada descobriu, e quis terminar", confessa.

CIÚMES E BRIGAS
Distância não evita estresse

"As minhas lágrimas são como as de muitas outras mães que também estão aqui", emociona-se Francisca Mary Saboia, 45 anos, inconformada com a prisão do filho de 23 anos pelo furto de um aparelho celular para comprar droga. "Ele é doente (viciado), precisa de tratamento, não de prisão", diz entre lágrimas. São muitos jovens que estão em situação semelhante.

"Sou revoltada e estou cansada de procurar pela Justiça que só existe para os ricos, ela não está do lado dos pobres". Conta que, até hoje a situação do seu filho está pendente, fazendo com que a visita à prisão virasse uma rotina. "A gente passa a semana trabalhando e quando sai daqui está esgotada", reclama. O pior é que as mães são as últimas a entrar.

"Sem contar com a humilhação que o meu filho passa". A cadeia está superlotada e a maioria são jovens", diz, afirmação comprovada pelos números da Coordenadoria do Sistema Penitenciário, como revela o titular, Bento Laurindo. "Cerca de 70% da população carcerária do Ceará é formada por jovens entre 18 e 25 anos". Lamenta o filho ter parado de estudar. "O resultado é ele sair pior porque está misturado com outros presos". O dilema de muitas mães que estão na fila é o temor quanto à saída do filho. "Se sair, é morto", diz.

Muitas mulheres passam mal devido ao sol. Francisca da Silva Ferreira, 48 anos, confessa que não tem condições de ir ao presídio todos os domingos. "Venho só de 15 em 15 dias". Ela reclama dos poucos agentes que estão trabalhando, deixando a vistoria ainda mais lenta. "A gente tira tudo. É muito humilhação". Não tem água para a gente beber e nem um local para a sentar. Quem não aguentar ficar de pé, o jeito é sentar no chão.

"A gente é tratada como cachorro. Mandam a gente a se abaixar, tossir, fazer força até parece que a gente vai ter nenê e assanham o nosso cabelo". Eles (os agentes) deveriam chegar cedo, reclamando que os portões só são abertos às 9h.

Discussões

"É muita humilhação que a gente suporta. Desde palavras, terminando com a vistoria, mas o melhor é ficar calada". Mesmo assim, Karla, 30 anos, suporta essa rotina por sete anos. "Só aguento porque marido, é marido", diz, afirmando que "tem gente que vem procurar namorado aqui".

A demora na fila e o rigor na vistoria deixam as mulheres estressadas e cansadas. "Muitas vezes, a visita termina em briga". Considera que difícil manter uma relação com um presidiário. "O dinheiro é curto a gente tem trabalhar também. É preciso equilíbrio".

IRACEMA SALES
Repórter


Gago usa bilhete para assaltar posto de combustíveis em SP

30/03/2011 20h10 -


Homem anunciou o assalto com frase escrita em folha de papel.
Ele levou cerca de R$ 400 e foi preso horas depois.

Do G1 SP


Um assaltante roubou dinheiro de um posto de combustíveis em Limeira, no interior de São Paulo, de uma forma inusitada. O homem, gago, anunciou o assalto ao mostrar uma folha de caderno com a frase: “Isso é um assalto”.

O atendente do estabelecimento chegou a pensar que era uma brincadeira. Ao perceber que não era, entregou o dinheiro que estava em sua posse.

O assaltante fugiu com cerca de R$ 400. Ele foi preso horas depois.

Maria Eduarda


Hoje é o aniversário de onze anos de Maria Eduarda. Seja muito Feliz minha netinha !


Manhã de céu azul

Ao horizonte um raio de sol

Radiando sua energia,

Inunda de luz e vida

Ao seu redor


Expande a fé

Damião é o seu guia

Ungindo de bondade

Ao anjo abençoado, que

Representa nesta data

De tanta alegria,

A felicidade de todos nós...














sábado, 7 de maio de 2011

Correr o Risco

Hoje dia do meu anivrsário de 62 anos, deixo-lhes um texto de Séneca.

CORRER RISCOS


Rir é correr o risco de parecer tolo.
Chorar é o risco
De parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver
Expor os seus sentimentos
É correr o risco de mostrar o seu verdadeiro eu.
Defender os seus sonhos e ideias diante da multidão
É correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.

Mas os riscos devem ser corridos,
Porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco,
Não fazem nada, não têm nada e não são nada,
Eles até podem evitar sofrimentos e desilusões,
mas não conseguem nada, não sentem nada,
Não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas pelas suas atitudes,
Elas tornam-se escravas,
Privam-se da sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!

Séneca (orador romano)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Início >> Uncategorized >> Empresários aglomeram-se em pé por uma hora para ouvir Lula Empresários aglomeram-se em pé por uma hora para ouvir Lula

Empresários aglomeram-se em pé por uma hora para ouvir Lula

Sexta-feira 6, maio 2011

“Eu nunca votei no Lula e nunca votarei. Mas vim por causa dele.” Essa era a afirmação mais repetida na noite de quarta-feira em dezenas de rodinhas formadas por empresários, banqueiros, executivos e advogados que lotaram o amplo salão da Casa Fasano, templo de festejos luxuosos da elite paulistana.

Pouco mais de 450 pessoas se espalharam pelo espaço de pé direito altíssimo e paredes de intrigante transparência, que deixam ver os aviões que cruzam o céu. O Bank of America Merrill Lynch, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, era o anfitrião da noite e comemorava a autorização do Banco Central do Brasil para que a instituição passe a operar como banco múltiplo, ampliando sua atuação no país.

Alexandre Bettamio, presidente do BofA no Brasil, provavelmente também não votou em Lula em 2002 ou 2006. Mas elegeu o ex-presidente para ancorar o mais importante evento já realizado pela instituição no país apostando que seria um grande chamariz. A escolha foi certeira.

O ex-presidente falou por mais de uma hora. Parte da plateia nunca havia tido a oportunidade de estar tête-à- tête com o ex-presidente. Outros queriam vê-lo falar de novo e esperavam “se divertir” com o discurso bem humorado. Pouco depois das 20 horas o salão já estava cheio e, por volta das 21h30, quando Lula começou a falar, o público se aglomerou ao seu redor, abrindo um clarão ao fundo. Aguentaram firme, em pé, por mais de uma hora.

Na “primeira fila”, dois ex-ministros de Lula: Luiz Fernando Furlan, que ocupou a Pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; e o ex-presidente do BC, Henrique Meirelles. Logo a seu lado, o atual presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Ricardo Flores. Sentada à uma discreta mesinha ao lado direito do pequeno palco montado, dona Marisa assistiu ao discurso de Lula.

Ao introduzir Lula à plateia, o presidente de mercados globais do Bank of America, Tom Montag, referiu-se a ele como “o político mais popular da Terra”. O “gancho” para a presença de Lula em um evento do banco americano foi o enorme desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro durante seu governo. O BofA foi um dos bancos que lideraram a gigantesca capitalização da Petrobras no segundo semestre do ano passado.

Lula fez uma palestra sobre temas como a explosão do crédito consignado e o desenvolvimento do mercado de capitais. Munido de um discurso oficial de cinco páginas, Lula fez a alegria dos presentes ao abusar de seus famosos improvisos. “He speaks very well”, dizia um executivo brasileiro a outro, estrangeiro, no meio do salão.

Arrancou gargalhadas sinceras e mesmo aplausos, em diversos momentos, ao debochar do que seria o estereótipo da forma de pensar da elite brasileira. “Tem gente que fala: esse Lula colocou os pobres no lugar que só nós viajávamos”, afirmou, por exemplo, ao referir-se ao fato de “os pobres” estarem viajando de avião. Mais tarde, disse que muita gente começa a falar inglês antes mesmo de sair do aeroporto, só para mostrar que sabe.

Lula deixou a plateia silenciosa ao falar do Programa Luz para Todos e descrever que “quando chega a luz elétrica na casa de uma pessoa é como se você, num passe de mágica, pegasse uma pessoa do século 18 e trouxesse para o século 21. É como se fosse a máquina do tempo.”

Lula queria provar, caso alguém ali ainda tivesse dúvida, que a política de seu governo fez bem ao empresariado. Já perto das 22h30 Lula arrematou: “Eu sei que tem gente que tem preconceito contra mim. Mas eu desafiaria qualquer um de vocês: eu duvido que algum empresário já ganhou mais dinheiro nesse país do que no meu mandato. Duvido que os bancos já tiveram mais lucro nesse país do que no meu mandato.”

“Pode pegar qualquer empresa, pode pegar a empresa do Furlan.” A Sadia, empresa antes controlada pela família do ex-ministro Furlan, como bem sabem todos os presentes, praticamente quebrou em 2008. Não por conta de políticas econômicas, é verdade, mas por problemas de gestão.

“Ele é muito bom”, “ele é muito inteligente”, “agora dá para entender [a sua popularidade]“, saíram falando aqueles que nunca votariam nele. Informações do Valor Ecônomico

Por Helena

O perigo de um presidente que ‘retalia’

O Editorial de O GLOBO desta sexta feira , é como diz a minha amiga Marilza Medina, de vomitar....

Quer dizer que uma empresa estratégica, com enorme aporte de capital do Estado Brasileiro, cancela sem qualquer aviso prévio projetos siderúrgicos no Pará, em pleno cenário de recuperação da industria naval brasileira faz encomenda de navios no exterior, demite mais de mil empregados altamente qualificados no logo no início da crise mundial e vai ficar tudo bem ?
Este show de pessimismo e oportunismo capitalista recebeu uma rápida ofensiva do Governo LULA. Neste momento, em grau menor, mil e quinhentas famílias estão sendo desalojadas das suas terras em S.João da Barra, com o pagamento de ridículas indenizações e empurrando para mais longe a produção de alimentos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O editorial do O Globo é uma bofetada no País !

(Editorial)

O Globo

Não há registro, nos últimos tempos, de um depoimento tão sincero de alguma autoridade do Executivo no Congresso quanto o prestado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, perante a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na terça-feira.

O ministro era mesmo a pessoa indicada do governo para tratar de um tema grave, a intervenção do Palácio na troca do presidente de uma empresa privada, a Vale.

Além de em função do cargo ter alguma relação com o tema, foi Mantega, conforme revelação do jornal “O Estado de S. Paulo”, quem, em março, comunicara ao Bradesco, de maneira formal, o interesse do governo na saída de Roger Agnelli da mineradora, ex-executivo do banco, maior sócio privado da empresa.

Mantega, portanto, é um dos atores de toda esta trama. O ministro não escondeu que a irritação brasiliense começara quando o presidente Lula cobrou, sem êxito, que a Vale executasse projetos siderúrgicos no Pará, à época governado pelo PT.

Para o Palácio, é como se a Vale ainda fosse estatal. E como já não era, diante do excesso de capacidade instalada no setor siderúrgico no mundo, a direção da mineradora não cumpriu o desejo presidencial na rapidez com que ele desejava.

Haveria ainda a questão da encomenda de navios, feita no exterior dentro da lógica de uma empresa privada, em defesa dos acionistas.

O mau humor de Lula e séquito tornou-se mais denso com a demissão de mais de mil empregados no estouro da crise mundial — outra demonstração de esquecimento da nova condição da empresa.

A mesma reação de líder sindical ocorreu com a Embraer. Mas se estas ou qualquer empresa privada não reduzissem custos poderiam não sobreviver. Não são estatais com acesso livre e descuidado ao dinheiro do contribuinte.

Em mais um rasgo de sinceridade, o ministro, ao defender a irritação de Lula, afirmou que foi melhor ele ter manifestado “democraticamente” a contrariedade, pois poderia “ter retaliado a Vale”. Tocaram, então, as sirenes para quem se preocupa com o estado de direito e a segurança jurídica no Brasil.

A simples menção de que o Palácio admite como hipótese usar instrumentos de Estado contra uma empresa deve colocar em alerta instituições voltadas à defesa da Constituição, do equilíbrio entre poderes, de toda a estrutura institucional, enfim, da República e do regime de democracia representativa.

Tão grave quanto isso é que a cultura cesarista de verticalização do poder, observada no grupo controlador do Executivo há oito anos, tem desdobramentos perigosos em várias áreas.

Na economia, ela se consubstancia num projeto mal disfarçado de capitalismo de Estado à la Geisel, em que o BNDES facilita a vida de empresários privados eleitos, aos quais ainda são colocados à disposição poderosos fundos de pensão de empresas públicas, tratados como do Estado pelo ministro no depoimento.

Mantega tem razão: Previ, Petros, Funcex estão disfarçados de entidades de “direito privado”, quando, na vida real, são braços manejados por Brasília e, nos últimos anos, também pelo financismo sindical construído no PT/CUT.

Pode-se imaginar o poder de quem estiver no controle do Estado quando este projeto ideológico alcançar estágio avançado. O veto do Executivo irá muito além do cargo de altos executivos de grandes empresas.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Celso Sá, 62 anos.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoz1STJLbUBlf9DPCLrkiAgah0_TttQQpVjpV6uiky5XymHQe3Frq9kN9k5_NjQyLCMcUd-ZRYOfu_SSArVtqs5THD28ThcAn5-GkiOvhODWwEVXsppOJPvLV-GfomaGeKAnSFSaNfPHw/s400/mercado+s%C3%A3o+pedro+fachada.jpg

Neste sábado, 7 de maio, a partir das 12 horas, estarei comemorando os meus 62 anos.
Mercado de Peixe São Pedro, Rua Visconde do Rio Branco, 55, Centro - Nietrói , 2º andar

Dois avisos : Você presente, será o meu presente !
Caso esteja envolvido com o Dias das Mães, comemoraremos em outra data .

Celso Sá - 9963 3443


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Invictus


Invictus!