segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Bonde e a Mobilidade Urbana

O Bonde e a Mobilidade Urbana





ultimo segundo





Mais uma tragédia envolvendo o transporte na Região Metropolitana da Cidade do Rio de Janeiro. Desta vez envolvendo o bonde de Santa Teresa, com cinco mortos e cinco dezenas de feridos. este acidente entra na lista dos fatos negativos envolvendo turistas na cidade, como o assalto com fuzis a uma van que transportava estrangeiros no gasômetro nesta semana ou ao turista francês Charles Damien Pierson, de 24 anos, que despencou do alto dos Arcos da Lapa, devido ao alambrado que faz esta proteção não estar fixado adequadamente, em junho passado.

Ontem foi o bonde, amanhã o trem, depois o metro e em seguida as barcas, acompanhando os acidentes com ônibus de todos os dias. Na verdade, falta uma grande discussão nacional sobre Mobilidade Urbana. Neste acidente com o bonde, são de igual teor as declarações do Secretário de Transporte, da Assoc. de Moradores de S. Teresa, dos antigos funcionários dos bondes em agosto de 2009, há exatos dois anos atrás. O que falta então?

Para os bondes há um relatório do Crea-RJ, que transcreveremos a seguir, para as barcas, a CPI presidida pelo Deputado Gilberto Palmares e que contou com a colaboração do Crea-RJ é suficiente. Para os trens e Metro os relatórios até da AGESTRANP, sempre condescendente são suficientes.

Não podemos conviver com passageiros andando sobre trilhos, composições do Metro sem energia ou avariadas, com resgate deficiente. Soma - se a esta situação, o estado precário dos ônibus, pois tendo como parâmetro o Edital para modernização da frota lançado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, nenhum dos atuais ônibus ou caminhões encaroçados, circularia.

Adicionamos infelizmente, ao continuo decréscimo do estado de mobilidade urbana, o estado das calçadas, a falta de iluminação nas vias, escadas rolantes desligadas no Metro e na Supervia, passageiros na chuva para pegar as barcas.

Em recente matéria no RJ TV, a Sra.. Ana Rosa da Univ. Corporativa do Transporte, UCT, declarou que faltam três mil motoristas no estado. Se faltam três mil motoristas, pelo menos 1 . 500 ônibus, sem contar o período da madrugada não estão circulando.

Se não faltam tantos ônibus assim, pior, pois significa que estão dobrando, 4 a 5 horas a mais da jornada de oito horas, todos os dias. E porque razão? No passado recente um motorista recebia cinco salários mínimos, cerca de três mil reais. Hoje, os antigos, estão com R$ 1.300 (dois S.M.) e os iniciantes com R$ 950. Mas a tarifa é a mesma, mesmo sem cobrador.

Para falar um pouquinho dos táxis, em recente fiscalização, entre 20 e 40% dos táxis foram reprovados. Mantida a média, para uma frota de 36 mil táxis, teríamos cerca de sete mil táxis irregulares. Nesta semana um falso taxista foi preso com estrupador.

Qualquer solução de gabinete, só vai agravar o problema da Mobilidade Urbana, como a decisão pelo BRT da Barra, quando a opção sobre trilhos é a mais duradoura, segura e adequada.

A questão da Mobilidade Urbana, não tem solução mágica. É um processo que envolve as autoridades, as empresas, os sindicatos, a população, a s associações comerciais, etc.