quinta-feira, 2 de junho de 2011

Polêmica sobre o LIvro Didático

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Haddad: críticas têm 'viés fascista'


O Globo - 01/06/2011

No Senado, ministro diz que quem atacou livro de português não leu obra


BRASÍLIA. O ministro da Educação, Fernando Haddad, saiu ontem em defesa do livro didático "Por uma vida melhor" (Editora Global), distribuído pelo governo, este ano, a turmas de educação de jovens e adultos. Ele disse que os ataques à obra têm "viés fascista", já que a maioria das críticas parte de pessoas que não teriam lido o texto. O livro de língua portuguesa, destinado ao ensino fundamental, suscitou polêmica por dizer que seria correto falar com erros de concordância.
"Estamos vivendo uma pequena involução"


Haddad participou de audiência pública na Comissão de Educação do Senado. E comparou o procedimento de quem critica sem ler à atitude dos nazistas.


- Há uma diferença entre o Hitler e o Stalin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam os seus inimigos, mas o Stalin lia os seus livros antes de fuzilá-los. Nós estamos, portanto, vivendo uma pequena involução. Estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler - declarou.


A menção a Hitler e Stalin fez parte de uma resposta ao líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), que havia criticado o livro didático. Mais cedo, Dias afirmara que uma corrente do Partido Comunista soviético, na época em que Stalin chegou ao poder, tentara impor uma nova língua, que acabou barrada pelo próprio ditador. Para o senador, a obra distribuída pelo MEC faria algo semelhante, induzindo o Brasil a adotar uma variante popular da língua portuguesa.


- Eu entendo que a escola está ensinando a falar errado - disse Dias.


O livro "Por uma vida melhor" foi elaborado pela ONG Ação Educativa. No capítulo "Escrever é diferente de falar", o texto diz: "Você pode estar se perguntando: "Mas eu posso falar os livro?" Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico."


O ministro sugeriu aos senadores que apresentassem propostas de melhoria do programa do livro didático, inclusive com a aprovação de lei para disciplinar seu funcionamento.

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