quinta-feira, 7 de abril de 2011

A CHACINA DE REALENGO


A Chacina de Realengo colou em luto o nosso país. Mas para além desta barbaridade, já sabíamos que era uma tragédia anunciada, pois anos após ano, assistimos a diversas formas de agressão contra alunos, funcionários e professores. Não se trata apenas de bullying, cuja discussão está aí na mídia e que de forma remota poderia ser uma das motivações deste ex-aluno.
No cotidiano das escolas, a violência de alunos que freqüentam a aula armados e intimidam professores, arranham seus carros, ex-alunos drogados, pais e mães que afrontam e ameaçam professores e funcionários, facções criminosas que invadem o recinto das escolas a procura de desafetos e inimigos.
Esta situação é corriqueira, denunciada exaustivamente pelo SEPE, há muitos anos. Com salários vergonhosos, para muitos professores, indefesos e sem retaguarda, só resta deixar o magistério público, concursados que são, e ir para escolas particulares.
Os Governos Federal, no caso das Universidades, estadual e municipal, fingem que o problema não existe ou é pontual. Nos dias de hoje, ninguém entra num condomínio, repartição pública, câmara legislativa, palácio de governo sem se identificar.
Mas na escola, na universidade pública, entra todo mundo, para vender droga, para brigar, para esconder arma, para coagir.
Os governos sabem como proteger, tanto é que não temos notícia de invasões nas suas sedes. Daí bastaria mais vergonha na cara, menos hipocrisia e dotar nossas escolas de infra estrutura de segurança, que daria mais tranquilidade aos seres que farão o futuro deste país.
Sem entrar na paranóia própria destes momentos, onde muitos pedirão portas detectores de metal, acionar a Polícia Federal e outras propostas que não se concretizarão.
Mas sim , dotar as escolas de um padrão de segurança, igual ao padrão contra incêndio do corpo de bombeiros, treinar e não terceirizar as funções de porteiros e inspetores. Estudantes para acessar o transporte têm carteira com tarja magnética, pois economicamente interessa ao empresário de ônibus, este mesmo procedimento pode ser adotado nas escolas.
Ouvir professores, alunos e funcionários pode ajudar na construção de ações preventivas, não só contra a dengue, mas da segurança, do currículo, em todos os seus aspectos relativos à educação dos nossos brasileirinhos.


3 comentários:

  1. É lamentável que um criminoso adentre a um estabelecimento de ensino portando armas de fogo e disposto a assassinar crianças inocentes, a tendo como esfarrapada desculpa que ministraria uma palestra aos alunos, assunto que foi conversado com duas professoras e que, mesmo não sabendo do evento, consideraram a abordagem normal.
    Diante das péssimas condições do ensino público e da displicência dos professores que não repararam o comportamento estranho do atirador de Realengo, sendo assim os brasileiros devem aceitar que um palhaço pode nos representar no Congresso Nacional e que um mentiroso compulsivo e fanfarrão governe o Rio de Janeiro e que outro idêntico sonha em voltar à Presidência da República. Mesmo assim, há quem diga que o Brasil é o país do futuro.
    Os professores, que em nenhum momento perceberam o comportamento doentio de Wellington. Não se trata de colocar em xeque, de forma generalizada, a capacidade dos pedagogos, mas é absolutamente impossível, até mesmo para um leigo, não perceber que Wellington de Menezes era portador de transtornos psicóticos, para não afirmar que se tratava de um lunático.

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  2. Uma empresa privada eficiente quando quer se modernizar busca seu foco inicial nos seus recursos humanos a fim de qualificá-los para seu objetivo maior. Nas escolas públicas do Rio ocorre o contrário.Primeiro as máquinas, depois os recursos humanos, ou melhor, pra que RH, para aumentar despesas? Terceirização é solução temporária "para fazer de conta".Educação para alguns dos nossos governantes não representa investimento.Extinguiram quase tudo das escolas.Agora são as nossas crianças da forma mais brutal.Mutirão de assistentes sociais? psicólogos?É despesa!Só na hora da tragédia se pensará nisso.Muito tarde!Temos que começar tudo de novo.Do contrário, outras tragédias se anunciam!

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  3. Uma empresa privada eficiente quando quer se modernizar busca seu foco inicial nos seus recursos humanos a fim de qualificá-los para seu objetivo maior. Nas escolas públicas do Rio ocorre o contrário.Primeiro as máquinas, depois os recursos humanos, ou melhor, pra que RH, para aumentar despesas? Terceirização é solução temporária "para fazer de conta".Educação para alguns dos nossos governantes não representa investimento.Extinguiram quase tudo das escolas.Agora são as nossas crianças da forma mais brutal.Mutirão de assistentes sociais? psicólogos?É despesa!Só na hora da tragédia se pensará nisso.Muito tarde!Temos que começar tudo de novo.Do contrário, outras tragédias se anunciam!
    11 Abril, 2011 08:41
    Cristina Amando

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