sábado, 18 de setembro de 2010

PT pede apuração de denúncias

José Eduardo Dutra
O PT, conforme anunciou seu presidente nacional, ex-senador José Eduardo Dutra, ingressa na Justiça com pedido de instauração de medidas judiciais contra o o consultor Rubnei Quicoli, um dos personagens principais do episódio que levou à saída da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

Quicole declarou à mídia - inicialmente à Folha de S.Paulo e ao Globo Online - que, para obter um empréstimo no BNDES para a empresa que ele representava teria sido instado a repassar R$ 5 milhões à campanha presidencial de Dilma Rousseff. Dutra e todos os responsáveis pela direção do partido e pela campanha têm deixado mais do que claro que somente o tesoureiro da campanha de Dilma está autorizado a tratar de contribuições financeiras.

Por isso o PT vai abrir dois processos contra Quicoli, um criminal e outro cível, por calúnia, difamação e reparação de danos morais. O partido decidiu, também, pedir à Polícia Federal (PF) que investigue o episódio e apure todas as denúncias.

“A ministra Erenice tomou a atitude correta. Como o caso exige investigações, é sempre bom que a autoridade se afaste para garantir que a apuração transcorra da melhor forma possível", analisou a candidata a presidente, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) ao se referir ao episódio.

Nada a ver com o partido e com a campanha

Dilma reiterou ter tomado conhecimento do caso pelos jornais e foi objetiva em sua posição: "Se é verdade o que (os jornais) dizem ele exige rigorosa investigação. Agora, se é verdade também o que dizem do projeto apresentado, há dois comentários a fazer: esse projeto de R$ 9 bi, para (geração de) 600 MW, seria o projeto de energia mais caro do Brasil; e se o BNDES o recusou fez muito bem".

"Tem outro dado que é importante todos lembrarem: eu não tenho conhecimento de o BNDES ter contratado nenhum projeto que não tenha garantia de contrato de venda em leilão. Então, essa história me parece aquela de compra e venda de terreno na lua".

Com estas declarações Dilma demonstra não haver motivos para a oposição e a mídia continuarem a exploração tentando envolvê-la, e à sua campanha, no episódio. "Não existem quaisquer provas para isso."

O presidente nacional do PT, ex-senador José Eduardo Dutra, justificou as providências adotadas pelo partido acentuando ter "absoluta convicção que esta é uma clara tentativa de forjar um envolvimento do PT e da campanha. Por isso, pediremos a PF a abertura de inquérito; entraremos com a representação criminal por dano e calúnia; e com a ação civil reparatória”.

O afastamento da ministra Erenice, as providências anunciadas pelo Dutra e os esclarecimentos da candidata, encerram, assim, o episódio que passa a ter seus desdobramentos nos foros e instâncias adequados - a apuração pela PF e a tramitação dos processos na Justiça.

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